A VERDADEIRA SEMENTE
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
Acontecimentos Proféticos: O Arrebatamento
Acontecimentos Proféticos: O Arrebatamento: Quando o Senhor Jesus vier, Ele
domingo, 29 de junho de 2014
As Boas Novas: O Saco de Feijão
As Boas Novas: O Saco de Feijão: Um dia eu estava andando por uma rua, e vi um rebanho de porcos seguindo um homem. Isso me deixou curioso pois, como todos sabem, porcos sã...
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Como ser batizado com fogo?
Como ser batizado com fogo?
Espero sinceramente que você nunca seja batizada com fogo, porque o batismo com fogo é o juízo eterno. Os pentecostais interpretam erroneamente a passagem e ficam pedindo fogo. Ainda bem que Deus não atende o pedido deles.
Existe até um hino que diz "Manda fogo, Senhor, que eu quero sentir o Teu poder". Ainda bem que o Senhor não faz o que pedem os que cantam assim, pois na Bíblia o fogo está sempre conectado com juízo. Isso ocorre por um erro de interpretação de Atos 2, onde as línguas não são "línguas de fogo", mas são "línguas como de fogo" (ou parecidas com fogo), e de Mateus 3, onde o fogo ali é erroneamente interpretado como o batismo do Espírito Santo ocorrido no Dia de Pentecostes.
Se você observar atentamente o texto de Mateus 3, verá que João Batista está se dirigindo alternadamente tanto a salvos como a perdidos, falando também alternadamente de salvação e juízo (o fogo representa o juízo de Deus). Acrescentei as palavras [entre chaves] para você entender essa alternância:
"Mas, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao seu batismo, disse-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento [os salvos]... E já está posto o machado á raiz das árvores; toda árvore, pois que não produz bom fruto [os perdidos], é cortada e lançada no fogo [o juízo]. Eu, na verdade, vos batizo em água, na base do arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu, que nem sou digno de levar-lhe as alparcas; Ele vos batizará no Espírito Santo [os salvos], e em fogo [os perdidos]. A sua pá ele tem na mão, e limpará bem a sua eira; recolherá o seu trigo [os salvos] ao celeiro, mas queimará a palha [os perdidos] em fogo inextinguível".
Quanto ao batismo do Espírito Santo que você deseja receber, e ainda com a "evidência" de falar em línguas estranhas, é melhor ler os links abaixo pois este é também um equívoco muito grande da doutrina pentecostal. Quem espera receber hoje o batismo do Espírito chegou dois mil anos atrasado, porque esse batismo ocorreu uma vez no dia de Pentecostes (Atos 2). Se você já foi salva pela fé em Cristo você foi selada com o Espírito Santo, e não batizada com o Espírito Santo. Se você não tem o Espírito de Cristo, então nem ainda é dele! "Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele." Rm 8:9
ESPÍRITO SANTO
http://manjarcelestial.blogspot.com/2009/12/o-espirito-santo-h-e-hayhoe.html
http://manjarcelestial.blogspot.com/2009/12/nascido-do-espirito-h-e-hayhoe.html
http://manjarcelestial.blogspot.com/2009/12/o-batismo-com-o-espirito-santo-h-e.html
http://manjarcelestial.blogspot.com/2009/12/uncao-selo-e-penhor-do-espirito-h-e.html
http://manjarcelestial.blogspot.com/2009/12/os-dons-do-espirito-h-e-hayhoe.html
http://www.respondi.com.br/2010/07/existem-crentes-sem-o-espirito-santo.html
http://www.respondi.com.br/2005/05/o-que-batismo-do-esprito-santo.html
http://www.respondi.com.br/2005/06/qual-diferena-entre-o-batismo-e-o-selo.html
http://www.respondi.com.br/2011/11/recebemos-o-espirito-quando-somos.html
LÍNGUAS
http://manjarcelestial.blogspot.com/2010/02/linguas-e-outros-dons-de-sinais-gordon.html
http://www.respondi.com.br/2005/05/existe-alguma-condio-para-falar-lnguas.html
http://www.respondi.com.br/2010/10/1-co-14-incentiva-as-linguas-para.html
http://www.respondi.com.br/2009/06/qual-o-significado-de-1-corintios-13.html
http://www.respondi.com.br/2011/04/por-que-nao-consigo-falar-lingua-dos.html
por Mario Persona
Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
O que respondi...: Como lidar com visitantes?
O que respondi...: Como lidar com visitantes?: Situações em que somos visitados por irmãos das denominações podem ser constrangedoras, mas nessas horas, independente do modo como agirmos,...
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Manjar Celestial: Escolhas
Manjar Celestial: Escolhas: D e um certo modo, este é um título meio enganador, mas expressa o que a maioria das pessoas considera como sendo uma descrição de suas vida...
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
A parabola das dez virgens e' um ensinamento judaico ou cristao?
Sem dúvida alguma o ensinamento na parábola é para o cristão. Não é o remanescente de Israel, piedoso e temente a Deus, que "sairá" para se encontrar com o noivo. "Saí-lhe ao encontro" (Mt 25:6) expressaria bem a posição de um cristão, mas não de um judeu. Cristo vindo "nos ares" para nós caracteriza a posição celestial do cristão, enquanto o Messias vindo à Judéia para a bênção terrena do judeu caracteriza a posição do israelita. A expectativa judaica é de bênção na terra e na Judéia sob o pacífico reinado do Messias.
Portanto não existe um "saí-lhe ao encontro", mas um permanecer na terra até que o Messias venha. Além disso, a condição sonolenta da qual as virgens são despertadas (Mt 25:5-6) não poderia ser aplicada ao futuro remanescente de Israel. Os que farão parte daquele remanescente não serão achados dormindo naquela terrível crise que lhes está reservada. Eles chorarão e suspirarão durante aquela breve, porém terrível, meia-noite, quando a morte de seu Messias e a culpa de terem transgredido a lei será reconhecida e confessada como sendo deles e como um pecado da nação (Sl 74; Sl 79; Is 63:15-19; Is 64; Ez 9:4).
Mateus 25:6 Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.
Portanto não existe um "saí-lhe ao encontro", mas um permanecer na terra até que o Messias venha. Além disso, a condição sonolenta da qual as virgens são despertadas (Mt 25:5-6) não poderia ser aplicada ao futuro remanescente de Israel. Os que farão parte daquele remanescente não serão achados dormindo naquela terrível crise que lhes está reservada. Eles chorarão e suspirarão durante aquela breve, porém terrível, meia-noite, quando a morte de seu Messias e a culpa de terem transgredido a lei será reconhecida e confessada como sendo deles e como um pecado da nação (Sl 74; Sl 79; Is 63:15-19; Is 64; Ez 9:4).
Mateus 25:6 Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.
Mateus 25:5-6 E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram. Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.
Salmo 79:1-13 «Salmo de Asafe» O Deus, os gentios vieram à tua herança; contaminaram o teu santo templo; reduziram Jerusalém a montões de pedras. Deram os corpos mortos dos teus servos por comida às aves dos céus, e a carne dos teus santos às feras da terra. Derramaram o sangue deles como a água ao redor de Jerusalém, e não houve quem os enterrasse. Somos feitos opróbrio para nossos vizinhos, escárnio e zombaria para os que estão à roda de nós. Até quando, SENHOR? Acaso te indignarás para sempre? Arderá o teu zelo como fogo? Derrama o teu furor sobre os gentios que não te conhecem, e sobre os reinos que não invocam o teu nome. Porque devoraram a Jacó, e assolaram as suas moradas. Não te lembres das nossas iniqüidades passadas; venham ao nosso encontro depressa as tuas misericórdias, pois já estamos muito abatidos. Ajuda-nos, ó Deus da nossa salvação, pela glória do teu nome; e livra-nos, e perdoa os nossos pecados por amor do teu nome. Porque diriam os gentios: Onde está o seu Deus? Seja ele conhecido entre os gentios, à nossa vista, pela vingança do sangue dos teus servos, que foi derramado. Venha perante a tua face o gemido dos presos; segundo a grandeza do teu braço preserva aqueles que estão sentenciados à morte. E torna aos nossos vizinhos, no seu regaço, sete vezes tanto da sua injúria com a qual te injuriaram, Senhor. Assim nós, teu povo e ovelhas de teu pasto, te louvaremos eternamente; de geração em geração cantaremos os teus louvores.
Isaías 63:15-19 Atenta desde os céus, e olha desde a tua santa e gloriosa habitação. Onde estão o teu zelo e as tuas obras poderosas? A comoção das tuas entranhas, e das tuas misericórdias, detém-se para comigo? Mas tu és nosso Pai, ainda que Abraão não nos conhece, e Israel não nos reconhece; tu, ó SENHOR, és nosso Pai; nosso Redentor desde a antiguidade é o teu nome. Por que, ó SENHOR, nos fazes errar dos teus caminhos? Por que endureces o nosso coração, para que não te temamos? Volta, por amor dos teus servos, às tribos da tua herança. Só por um pouco de tempo o teu santo povo a possuiu; nossos adversários pisaram o teu santuário. Somos feitos como aqueles sobre quem tu nunca dominaste, e como os que nunca se chamaram pelo teu nome.
Isaías 64:1-4 Oh! se fendesses os céus, e descesses, e os montes se escoassem de diante da tua face, Como o fogo abrasador de fundição, fogo que faz ferver as águas, para fazeres notório o teu nome aos teus adversários, e assim as nações tremessem da tua presença! Quando fazias coisas terríveis, que nunca esperávamos, descias, e os montes se escoavam diante da tua face. Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera.
Ezequiel 9:1-4 Então me gritou aos ouvidos com grande voz, dizendo: Fazei chegar os intendentes da cidade, cada um com as suas armas destruidoras na mão. E eis que vinham seis homens a caminho da porta superior, que olha para o norte, e cada um com a sua arma destruidora na mão, e entre eles um homem vestido de linho, com um tinteiro de escrivão à sua cintura; e entraram, e se puseram junto ao altar de bronze. E a glória do Deus de Israel se levantou de sobre o querubim, sobre o qual estava, indo até a entrada da casa; e clamou ao homem vestido de linho, que tinha o tinteiro de escrivão à sua cintura. E disse-lhe o SENHOR: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela.
Coleta ou dizimo?
Outra prática que se tornou parte integrante dos cultos nas igrejas denominacionais é o uso do dízimo (dar 10% da renda). O dízimo é algo claramente judaico, e foi emprestado pela cristandade da ordem de coisas que a epístola aos Hebreus chamou de "arraial" (Lv 27:30-34; Nm 18:21-24; Hb 13:13). O dízimo não tem lugar no cristianismo. O cristianismo funciona sobre princípios completamente diferentes e muito mais elevados do que o sistema da lei mosaica. Impor esse padrão sobre os filhos de Deus no cristianismo hoje é não entender a graça e a diferença que existe entre judaísmo e cristianismo.
O dízimo era uma instituição imposta aos filhos de Israel que estavam sob a lei. No cristianismo o novo homem não precisa de uma lei. Ele se deleita em agradar a Deus e fazer a Sua vontade (Rm 8:4). Colocar a nova vida em Cristo sob o princípio da lei é achar que existe algo nessa vida que poderia querer agir fora da vontade de Deus, mas não existe tal impulso em um crente que esteja andando no Espírito. No judaísmo não importava se a pessoa queria ou não, pois mesmo assim ela era obrigada a dar seus 10%. Era a lei. De maneira alguma este é o princípio sobre o qual os cristãos se baseiam na hora de contribuir. Em 2 Coríntios 8-9 temos os princípios para o cristão ofertar. Repare com atenção que nestes capítulos, ou em qualquer outro lugar do Novo Testamento, não há uma palavra sequer que diga que os cristãos devem utilizar o método legal do dízimo em seu ato de ofertar.
Nos capítulos 8 e 9 de 2 Coríntios, os princípios da contribuição cristã são colocados de maneira bem simples. Primeiro devemos nos dar a nós mesmos para o Senhor e nos entregarmos à vontade de Deus, e então dar de nossos bens de acordo com a medida que temos. Ali diz: "será aceita segundo o que qualquer tem, e não segundo o que não tem" (2 Co 8:5, 11-12). Para ter algum valor diante de Deus, a contribuição cristã precisa vir do coração. Se não existir uma "prontidão de vontade", então o ato de dar não passa de algo legal e, portanto, não existirá nisso qualquer valor real de sacrifício.
Estes capítulos também revelam o propósito da contribuição cristã. O apóstolo mostra que o ato de dar é para:
Expressar comunhão com outros membros do corpo de Cristo (2 Co 8:4).
Abundar em cada aspecto da experiência cristã (2 Co 8:7).
Provar a realidade de nosso amor (2 Co 8:8, 24).
Imitar nosso Senhor Jesus (2 Co 8:9).
Ajudar a atender as necessidades de outros (2 Co 8:13-15).
Experimentarmos, na prática, a abundância com que Deus nos supre conforme Sua total suficiência (2 Co 9:8-10).
Criar condições para que outros agradeçam a Deus (2 Co 9:11-15).
Permitir que tenhamos abundância creditada em nosso favor (Fp 4:17).
Na ordem de Deus, o que existe são as coletas feitas regularmente quando os santos se reúnem no primeiro dia da semana. A Palavra de Deus diz: "Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade" (1 Co 16:1-2). Embora a coleta mencionada nesta passagem fosse para as necessidades específicas dos santos em Jerusalém, o princípio continua valendo para nós hoje. Ainda existem necessidades específicas na igreja.
A ocasião quando a coleta deve ser feita é quando os santos se reúnem para partirem o pão no primeiro dia da semana (At 20:7). Hebreus 13:15-16 conecta o sacrifício da "beneficência e comunicação" com o "sacrifício de louvor" que é oferecido no partir do pão.
O que é estarrecedor na cristandade hoje, e certamente uma desonra ao Senhor, é vermos as denominações encorajarem até mesmo aqueles que não são salvos a ofertarem nas coletas. A impressão que isso dá naqueles que são deste mundo é que podem fazer algo de aceitável a Deus ainda em seu estado não regenerado. E o que é pior, isso também passa a impressão de que o cristianismo é um sistema de "toma-lá-dá-cá". Como alguém observou, "seu Deus deve ser bem pobre, pois Ele está sempre obrigando vocês cristãos a pedirem dinheiro!".
Não encontramos na Bíblia coletas envolvendo pessoas que não fossem salvas. A prática no princípio da igreja era de não fazer coletas públicas. Para evitar ideias erradas que o mundo pudesse ter dos cristãos, os servos do Senhor no início da igreja tinham o cuidado de não tomar "nada" daqueles dentre as nações às quais eles levavam o evangelho, pessoas que não conheciam o Senhor (3 Jo 7). Esta continua sendo a ordem para a igreja hoje.
O dízimo era uma instituição imposta aos filhos de Israel que estavam sob a lei. No cristianismo o novo homem não precisa de uma lei. Ele se deleita em agradar a Deus e fazer a Sua vontade (Rm 8:4). Colocar a nova vida em Cristo sob o princípio da lei é achar que existe algo nessa vida que poderia querer agir fora da vontade de Deus, mas não existe tal impulso em um crente que esteja andando no Espírito. No judaísmo não importava se a pessoa queria ou não, pois mesmo assim ela era obrigada a dar seus 10%. Era a lei. De maneira alguma este é o princípio sobre o qual os cristãos se baseiam na hora de contribuir. Em 2 Coríntios 8-9 temos os princípios para o cristão ofertar. Repare com atenção que nestes capítulos, ou em qualquer outro lugar do Novo Testamento, não há uma palavra sequer que diga que os cristãos devem utilizar o método legal do dízimo em seu ato de ofertar.
Nos capítulos 8 e 9 de 2 Coríntios, os princípios da contribuição cristã são colocados de maneira bem simples. Primeiro devemos nos dar a nós mesmos para o Senhor e nos entregarmos à vontade de Deus, e então dar de nossos bens de acordo com a medida que temos. Ali diz: "será aceita segundo o que qualquer tem, e não segundo o que não tem" (2 Co 8:5, 11-12). Para ter algum valor diante de Deus, a contribuição cristã precisa vir do coração. Se não existir uma "prontidão de vontade", então o ato de dar não passa de algo legal e, portanto, não existirá nisso qualquer valor real de sacrifício.
Estes capítulos também revelam o propósito da contribuição cristã. O apóstolo mostra que o ato de dar é para:
Expressar comunhão com outros membros do corpo de Cristo (2 Co 8:4).
Abundar em cada aspecto da experiência cristã (2 Co 8:7).
Provar a realidade de nosso amor (2 Co 8:8, 24).
Imitar nosso Senhor Jesus (2 Co 8:9).
Ajudar a atender as necessidades de outros (2 Co 8:13-15).
Experimentarmos, na prática, a abundância com que Deus nos supre conforme Sua total suficiência (2 Co 9:8-10).
Criar condições para que outros agradeçam a Deus (2 Co 9:11-15).
Permitir que tenhamos abundância creditada em nosso favor (Fp 4:17).
Na ordem de Deus, o que existe são as coletas feitas regularmente quando os santos se reúnem no primeiro dia da semana. A Palavra de Deus diz: "Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade" (1 Co 16:1-2). Embora a coleta mencionada nesta passagem fosse para as necessidades específicas dos santos em Jerusalém, o princípio continua valendo para nós hoje. Ainda existem necessidades específicas na igreja.
A ocasião quando a coleta deve ser feita é quando os santos se reúnem para partirem o pão no primeiro dia da semana (At 20:7). Hebreus 13:15-16 conecta o sacrifício da "beneficência e comunicação" com o "sacrifício de louvor" que é oferecido no partir do pão.
O que é estarrecedor na cristandade hoje, e certamente uma desonra ao Senhor, é vermos as denominações encorajarem até mesmo aqueles que não são salvos a ofertarem nas coletas. A impressão que isso dá naqueles que são deste mundo é que podem fazer algo de aceitável a Deus ainda em seu estado não regenerado. E o que é pior, isso também passa a impressão de que o cristianismo é um sistema de "toma-lá-dá-cá". Como alguém observou, "seu Deus deve ser bem pobre, pois Ele está sempre obrigando vocês cristãos a pedirem dinheiro!".
Não encontramos na Bíblia coletas envolvendo pessoas que não fossem salvas. A prática no princípio da igreja era de não fazer coletas públicas. Para evitar ideias erradas que o mundo pudesse ter dos cristãos, os servos do Senhor no início da igreja tinham o cuidado de não tomar "nada" daqueles dentre as nações às quais eles levavam o evangelho, pessoas que não conheciam o Senhor (3 Jo 7). Esta continua sendo a ordem para a igreja hoje.
O que é ministério?
A maioria das pessoas pensa que "ministério" é aquilo que envolve Pastores e Ministros, quando eles desempenham seu trabalho liderando um grupo chamado igreja. A Bíblia, porém, ensina que ministério é simplesmente o exercício do dom de uma pessoa (1 Pd 4:10-11; 1 Tm 4:6; Ef 4:11-12). Considerando que todos os cristãos possuem um dom, todos os cristãos deveriam estar no "ministério"! Como já dissemos, nem todos podem ter um dom de ministério público da Palavra de Deus, mas todos têm um ministério a cumprir. Boa parte do ministério está no serviço feito para o povo do Senhor, quando nenhuma oratória pública está envolvida.
O problema na igreja hoje é que existem muitos que são como Arquipo, que não estão cumprindo seu ministério. O Apóstolo precisou exortá-lo assim: "Atenta para o ministério que recebeste no Senhor, para que o cumpras" (Cl 4:17). Esta é uma exortação muito necessária hoje. Uma das razões de muitos não cumprirem seu ministério é que existe um vasto sistema clerical criado pelos homens na igreja que impede que as pessoas exerçam seus ministérios. Numa situação normal em uma típica igreja denominacional, se o Espírito de Deus quisesse dar uma palavra a alguém ali que tivesse um dom de ministério público, ele seria reprimido e não poderia exercitar seu dom. Se tentasse fazê-lo, acabaria causando uma interrupção no culto previamente organizado.
A ideia comumente aceita na cristandade hoje é que quando alguém sente que foi "chamado para o ministério", deve passar por um sistema de ensino por meio do qual irá adquirir o status de "Ministro" ou "Pastor". E mesmo então, ele ainda não poderá exercitar seu dom até que uma congregação o escolha (geralmente por intermédio de uma junta de diáconos) para que seja Ministro deles. Muitos têm boas intenções, porém ignoram a ordem de Deus e acreditam que se decidirem ministrar a Palavra, precisarão antes se submeter a este processo e serem treinados em um seminário. Uma vez que a tradição decidiu assim, muitos sentem que Deus está verdadeiramente enviando eles para um seminário com este objetivo. Para eles isso parece lógico, já que se trata da forma convencional e reconhecida de se preparar "Ministros". Sem querermos colocar em dúvida a sinceridade dessas pessoas, devemos deixar claro que toda essa ordem de coisas não é encontrada nas Escrituras.
A Bíblia ensina que se uma pessoa possui um determinado dom, a própria posse do dom já é a garantia de Deus para que ela o utilize. A Bíblia diz: "Cada um administre aos outros o dom como o recebeu" (1 Pd 4:10). Ali não diz "cada um que tenha recebido o dom seja treinado e ordenado por um seminário para poder administrar aos outros".
As Escrituras dizem: "Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá" (1 Pd 4:11). Repare mais uma vez que não diz "primeiro vá à escola, e depois fale".
Mais uma vez: "De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; Ou o que exorta, use esse dom em exortar" (Rm 12:6-8). Novamente não existe uma palavra sequer sobre a pessoa ser treinada por homens antes de poder fazer uso de seu dom.
Além disso, as Escrituras dizem: "Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação" (1 Co 14:26). Aqui também não encontramos qualquer indício de que a pessoa deva ser treinada antes de poder exercitar seu dom na assembleia. A passagem simplesmente diz que se tivermos doutrina (ensino) etc., faça-se tudo para a edificação da igreja.
Evidentemente é verdade que o dom de alguém precisa ser desenvolvido. Isso exige tempo e prática (At 9:20-22; Gl 1:17; At 9:30; 22:25-26; 13:1-14). Quanto mais uma pessoa amadurecer nas coisas divinas, mais útil ela será em seu ministério (At 18:24-28; Mc 4:20). A maneira bíblica de alguém ser ensinado nas coisas divinas é por meio das reuniões que já mencionamos. O Senhor usa essas reuniões da assembleia, guiadas soberanamente pelo Espírito Santo, para nos ensinar a verdade. Ele também usa livros de ministério (ou gravações) de pessoas que reconhecidamente possuem dons e são capazes de nos ensinar a verdade. Mas será perda de tempo procurar nas Escrituras qualquer ideia de que alguém precise ir a um seminário para estar apto a ocupar uma posição de "Ministro" ou "Pastor" de uma igreja. Como já foi dito, tudo isso não passa de invenção humana com o objetivo de preparar a pessoa para uma posição no sistema criado pelos homens. O cristianismo bíblico simplesmente não necessita dessas escolas. Muito do que é ensinado nesses seminários tem por objetivo treinar os futuros "Pastores" a dirigirem uma igreja dentro de um sistema clerical que não é encontrado em lugar algum da Bíblia.
Um desafio ao fundamento biblico do cristianismo denominacional
1) Que autoridade nos dá a Palavra de Deus para estabelecermos igrejas denominacionais ou não denominacionais em meio ao testemunho cristão, quando as Escrituras condenam a criação de seitas e divisões entre os crentes? (1 Co 1:10; 3:3; 11:18-19)
2) Com que autoridade vinda de Deus os cristãos denominam suas assim chamadas "igrejas" como Presbiteriana, Batista, Pentecostal, Aliança, Cristã Reformada, Anglicana etc., quando não há na Bíblia instruções para nos reunirmos em qualquer outro nome além do nome do Senhor Jesus Cristo? (Mt 18:20; 1 Co 5:4)
3) Com que autoridade os cristãos denominam seus grupos eclesiásticos em honra de proeminentes e dotados servos do Senhor, como Luterana (Martinho Lutero), Menonita (Menno Simons), Metodista-Wesleyana (John Wesley) etc., quando as Escrituras denunciam a formação de grupos de cristãos em torno de um líder na igreja? (1 Co 1:12-13; 3:3-9)
4) Que autoridade os homens receberam de Deus para estabelecerem essas igrejas segundo distinções nacionais, como "Igreja da Inglaterra", "Irmãos Menonitas Chineses", "Igreja Ortodoxa Grega", "Batista Filipina", "Igreja de Deus Alemã" etc., quando as Escrituras nos dizem que não existem distinções nacionais ou sociais na igreja de Deus? (Cl 3:11)
5) Que autoridade têm os cristãos para ornamentarem seus lugares de adoração à semelhança do tabernáculo e do templo da ordem judaica do Antigo Testamento? Muitas desses edifícios, chamados de "igrejas", são ornamentados com ouro e outros materiais preciosos. Muitos desses edifícios, chamados "igrejas", têm um altar. Outros têm partes do prédio destacadas como sendo mais sagradas do que outras. Que autoridade têm os cristãos para emprestarem coisas assim do judaísmo, quando a Bíblia indica que o cristianismo não é uma extensão da ordem judaica, mas possui um caráter totalmente novo de aproximar-se de Deus? (Hb 10:19-20; 13:13; Jo 4:23-24)
6) Acaso existe qualquer fundamento na Palavra de Deus para a existência de campanários, cruzes e outras coisas que são construídas nessas assim chamadas "igrejas"?
7) Será que existe qualquer base na Palavra de Deus para chamar esses edifícios de "igrejas"? A definição bíblica de "igreja" é de uma reunião de crentes que, pelo evangelho, foram chamados para fora, tanto dentre os judeus como dentre os gentios, e são unidos em um único corpo a Cristo, sua Cabeça no céu, pela habitação do Espírito Santo. (At 11:22; 15:14; 20:28; Rm 16:5; 1 Co 1:2; Ef 5:25)
8) Que autoridade as Escrituras dão para se colocar um homem na igreja (chamado de Ministro ou Pastor) para "conduzir" a adoração? As Escrituras ensinam que o Espírito de Deus foi enviado ao mundo para guiar a adoração cristã (Fp 3:3; Jo 4:24; 16:13-15). A Bíblia indica que é o Senhor, por intermédio do Espírito, quem preside na assembleia dos santos e dirige os procedimentos do modo como Lhe apraz. (1 Co 12:11; Fp 3:3)
9) Com que autoridade das Escrituras os cultos de adoração nessas igrejas são organizados com antecedência? Em algumas se costuma distribuir um programa descrevendo a ordem como se dará a adoração naquele dia em particular.
10) Com que autoridade das Escrituras esses cultos nas igrejas são chamados de "adoração", quando eles geralmente constituem de apresentações musicais e de um homem ministrando um sermão?
11) Que autoridade o Novo Testamento dá para se utilizarem instrumentos musicais na adoração cristã? A adoração cristã é aquela produzida no coração pelo Espírito de Deus, e não por meios mecânicos através de mãos humanas. (At 17:24-25)
12) Com que autoridade das Escrituras são repetidas orações escritas previamente e impressas em livros de oração durante as reuniões da igreja? A Bíblia diz que não deveríamos usar de vãs repetições em nossas orações, mas que estas deveriam ser nossas próprias palavras saídas do coração. (Mt 6:6-8; Tg 5:16; Sl 62:8)
13) Que autoridade há para se ensaiar os Salmos nos chamados "cultos de adoração", quando os Salmos expressam os sentimentos de pessoas que não estavam sobre um fundamento cristão e nem conheciam os privilégios cristãos?
14) Por que a maioria das igrejas celebra a ceia do Senhor uma vez por mês ou a cada 3 meses, quando o costume da igreja nas Escrituras, inicialmente estabelecido pelo ministério de Paulo, era de se partir o pão a cada dia do Senhor? (At 20:7)
15) Que autoridade há nas Escrituras do Novo Testamento para se designar um coro de cantores treinados para ajudar na adoração cristã?
16) Que autoridade há nas Escrituras para o uso de vestimentas especiais durante os cultos de adoração cristã? Os corais costumam estar vestidos assim e dependendo do lugar o Ministro também usa uma vestimenta característica.
17) Que autoridade têm essas igrejas para permitir que mulheres preguem e ensinem publicamente, quando a Bíblia diz que o papel das irmãs não é uma atuação pública na igreja, seja na administração, seja no ensino e pregação? As Escrituras dizem que elas devem permanecer em silêncio na assembleia. (1 Co 14:34-38; 1 Tm 2:11-12)
18) Que autoridade há para as mulheres dessas igrejas orarem e profetizarem (ministrarem a Palavra) com suas cabeças descobertas, quando a Palavra de Deus diz que deveriam cobrir a cabeça? (1 Co 11:1-16)
19) Que autoridade as Escrituras dão para permitir que apenas certas pessoas (como o Pastor ou Ministro) se ocupem do ministério da Palavra de Deus? Por que não há liberdade nessas igrejas para todos os que forem capacitados ministrarem guiados pelo Espírito? A Bíblia ensina que quando os cristãos se reúnem em assembleia, todos (os varões) devem ter liberdade para ministrar conforme o Senhor guiá-los por intermédio do Espírito. (1 Co 12:6, 11; 14:24, 26, 31)
20) Que autoridade as Escrituras dão para apoiar a ideia de que uma pessoa precisa ser ordenada para estar no ministério? Não existe na Bíblia um pastor, mestre, evangelista, profeta ou sacerdote que tenha sido ordenado para pregar ou ensinar! As Escrituras ensinam que o simples fato de uma pessoa possuir um dom espiritual é sua garantia para usá-lo! (1 Pd 4:10-11)
21) Que autoridade as Escrituras dão para fundamentar a ideia de que existem hoje no mundo homens que teriam poder para ordenar outros? Onde eles conseguiram tal poder?
22) Acaso existe qualquer autoridade para dar a pessoas títulos de "Pastor" (por exemplo, "Pastor João"), quando nas escrituras esse dom nunca foi atribuído a alguém como um título?
23) Onde nas Escrituras existe autoridade para se fazer de um homem um Pastor de uma igreja local quando as Escrituras nunca falam do dom de pastor como um ofício local? (Ef 4:11)
24) Com que autoridade das Escrituras os assim chamados Ministros se denominam a si mesmos "Reverendo", quando a Bíblia diz que "Reverendo" é o nome do Senhor? (Sl 111:9 - versão inglesa) Alguns clérigos adotam o nome "Padre" ("Pai"), apesar de as Escrituras deixarem claro que não deveríamos chamar ninguém de "Pai"! Outros adotam o título de "Doutor" (que significa 'mestre' ou 'instrutor' em latim) quando as Escrituras também dizem para não procedermos assim. (Mt 23:8-10)
25) Seria a escolha de seu "Pastor" ou "Ministro" por uma igreja uma prática com base nas Escrituras? O procedimento usual é que o candidato a "Pastor" seja convidado por uma igreja para ter a oportunidade de provar que é qualificado para o posto ministrando alguns sermões. Se a sua pregação for aceitável, então a igreja (geralmente através de um corpo de diáconos) irá elegê-lo para ser seu "Pastor" local. Estaria este procedimento de acordo com a Palavra de Deus?
26) Onde nas Escrituras há autoridade para essas igrejas escolherem seus anciãos? Não existe na Bíblia uma única igreja que tenha escolhido seus anciãos.
27) Com que autoridade das Escrituras as igrejas tornam alguns dias "santos" e observam festas cristãs como Sexta Feira Santa, Dia de Todos os Santos, Quaresma, Natal etc.? As Escrituras dizem que o cristianismo não tem nada a ver com épocas e dias especiais. (Gl 4:10; Cl 2:16)
28) Que autoridade das Escrituras têm aqueles que ministram nos púlpitos dessas igrejas para ensinar doutrinas erradas como Teologia do Pacto, Amilenialismo, Segurança Condicional, Purgatório, Absolvição, Guarda da Lei etc.?
29) Acaso existe autoridade das Escrituras para se promover reuniões de "Testemunho", onde um homem se levanta e diz para a audiência como ele foi salvo, geralmente descrevendo sua vida passada de pecados?
30) Que autoridade há no Novo Testamento para se recolher dízimo (10% de nossa receita) da audiência, quando o dízimo é claramente uma lei Mosaica dada para Israel? (Lv 27:32, 34; Nm 18:21-24)
31) Onde há nas Escrituras base para campanhas para se levantar fundos e pedir doações de audiências mistas de salvos e perdidos nessas igrejas? A Bíblia indica que os servos do Senhor não tomavam "coisa alguma" das pessoas deste mundo que não eram salvas, quando pregavam o evangelho a elas. (3 Jo 7)
32) Seriam os seminários e escolas bíblicas o modo de Deus preparar um servo para o ministério? Conceder e receber diplomas e títulos (como Doutor em Divindade) seria uma prática fundamentada nas Escrituras? A Bíblia diz que não devemos dar títulos honoríficos uns aos outros. (Jó 32:21-22; Mt 23:7-12)
33) Será que existe qualquer fundamento na Palavra de Deus para essas igrejas enviarem Ministros e Pastores para um determinado lugar para executarem uma obra para o Senhor? Costumamos ouvir comentários como, "o Pastor fulano foi enviado por tal organização". As Escrituras mostram que Cristo, a Cabeça da igreja e Senhor da seara, é quem envia os Seus servos para a obra que preparou para eles, por meio da direção do Espírito, e que a igreja deve tão somente reconhecer isso estendendo ao servo a destra à comunhão. (Mt 9:38; At 13:1-4; Gl 2:7-9).
34) Onde nas Escrituras vemos a ideia da igreja ser uma organização que ensina? Costumamos ouvir pessoas dizendo, "Nossa igreja ensina que..." Na Bíblia não vemos a igreja ensinando, mas sendo ensinada por indivíduos que são levantados pelo Senhor. (At 11:26; Rm 12:7; Ap 2:7, 11, 17, 29; 3:6, 13, 22; 1 Ts 5:27).
Quando os cristaos sao acrescentados ao corpo?
Quando os cristaos sao acrescentados ao corpo?
Ao contrário do que muitos cristãos atualmente pensam, os crentes não são acrescentados ao corpo pelo batismo do Espírito, já que a obra do Espírito em batizar está completa e aconteceu de uma vez para sempre no início da história da igreja. Repare com atenção que 1 Coríntios 12:13 não diz, como alguns imaginam, "fomos todos nós batizados no corpo" (acrescentando o artigo "o", que não faz parte do texto), Se assim fosse, então poderia indicar que as pessoas hoje são acrescentadas individualmente ao corpo pelo batismo do Espírito. O acréscimo do artigo "o" muda consideravelmente o sentido e pressupõe que o corpo já existisse antes mesmo do batismo ocorrer. Todavia, o versículo diz "...batizados em um só corpo", significando que foi o batismo que formou o corpo. O Espírito de Deus tomou todos os crentes individuais que estavam naquele cenáculo no dia de Pentecostes e os conectou, por meio de Sua presença, a Cristo, a cabeça que ascendeu ao céu (Atos 2:1-4).
J. N. Darby observa que, em 1 Coríntios 12:13, a ação verbal do Espírito ao batizar está no tempo aorista do grego, o que significa uma ação definitiva, feita de uma vez por todas. Portanto, isso mostra que o Espírito não continua executando essa ação, pois a obra da formação do corpo já foi feita. Podemos dizer com toda a certeza que o Espírito não está batizando hoje; se estivesse, isto significaria que Ele estaria formando mais e mais corpos (pois é esta a função do batizar do Espírito). Isto, evidentemente, não é o que acontece, pois as Escrituras nos dizem enfaticamente que "há um só corpo" (Ef 4:4). Alguns podem argumentar que, se assim for, por que Paulo teria falado de si e dos coríntios como tendo sido batizados pelo Espírito? Eles nem mesmo estavam salvos quando o Espírito desceu e formou a igreja no dia de Pentecostes! A resposta é que Paulo estava falando de forma representativa. Ele disse: "Nós" -- o conjunto de cristãos como um todo -- "fomos batizados em um só corpo", referindo-se à ação passada realizada pelo Espírito no dia de Pentecostes. Se ele estivesse falando especificamente de si e dos coríntios ao dizer "nós", então isto significaria que apenas eles (Paulo e os coríntios) tinham sido batizados em um só corpo, o que certamente não poderia ser verdade; pois o que dizer então dos santos em Éfeso e em Filipos? O único significado lógico para a declaração de Paulo é que ele estava falando representativamente de todos os membros do corpo.
Isso é semelhante à incorporação de uma empresa. Ela é incorporada uma vez -- e isso pode ter acontecido há cem anos. Agora que a empresa já foi formada, cada vez que contrata um novo funcionário ela não precisa ser incorporada novamente. Tampouco existe algo como cada novo funcionário na empresa ser incorporado. O novo funcionário é simplesmente acrescentado à empresa que já foi incorporada. Do mesmo modo, quando hoje alguém é salvo, essa pessoa é acrescentada pelo habitar do Espírito em si a um corpo já batizado. Não há um novo batismo para a companhia cristã como um todo, ou para o novo crente em particular.
Para ampliarmos um pouco mais nosso exemplo, suponha que participemos de uma das reuniões de diretoria dessa empresa e escutamos um dos diretores dizer: "Nós fomos incorporados há 100 anos". Não teríamos dificuldade alguma em entender o que ele quis dizer. Alguém que não entendesse bem a linguagem poderia até exclamar: "O que ele quer dizer com isso? Ninguém nesta sala tem mais de 60 anos de idade, como poderia falar de 'nós... há cem anos?'" Bem, é porque o diretor estava falando representativamente da empresa. Do mesmo modo, em 1 Coríntios 12:13 Paulo falava daquilo que é verdadeiro acerca do corpo de Cristo, do qual ele e os coríntios faziam parte. Imaginando que estivéssemos falando de uma "empresa", quando Paulo, os coríntios e nós fomos salvos e introduzidos no um só corpo ao crermos no evangelho, então estamos todos incluídos no batismo que ocorreu no dia de Pentecostes.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Por que tao poucos convertidos?
Pergunta: João 12:32 diz que se levantarmos o Senhor em nossas reuniões todos serão atraídos a Ele. Se verdadeiramente temos o Senhor em nosso meio, por que tão poucos são atraídos? Por que entre nós há tão pouca bênção na pregação do evangelho?
Vamos abrir nesta passagem em João 12 e ler os versículos 31 e 32: "Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo. E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim".
Antes de tentar responder à sua pergunta, é preciso entender que esta passagem não fala do testemunho do evangelho neste tempo de graça. O contexto do capítulo é o reino milenial de Cristo. O Senhor tinha vindo a Jerusalém e estava sendo recebido pela multidão, que clamava: "Hosana! Bendito o Rei de Israel que vem em nome do Senhor" (vers. 13). O povo esperava que Ele estabelecesse o reino e reinasse em poder e glória. Os gentios são também mencionados como tendo ido à festa para adorar, o que é outro importante aspecto do reino milenial (Zc 2:11; Is 14:1; 56:6; Sl 47:9; 72:10-11). O Senhor viu que, para que tudo isso se cumprisse, Ele deveria cair na terra e morrer, tal qual o "grão de trigo" (vers. 24). Morrendo, Ele daria "muito fruto". A verdade é que esta era a verdadeira razão de Ele ter vindo "a esta hora" (vers. 27-30). Mas, se Ele fosse "levantado" sobre a cruz em rejeição, sua promessa era de que haveria um dia quando Ele atrairia a Si todas as nações no Milênio. O mundo estava prestes a crucificar o Senhor, mas ao fazê-lo, estaria condenando a si mesmo. Por isso o Senhor disse: "Agora é o juízo deste mundo".
Portanto, esta passagem não está falando de crentes "levantando" o Senhor no testemunho evangelístico, mas de incrédulos que O levantariam na cruz em escárnio. O versículo seguinte (33) confirma isto. Ali diz: "E dizia isto, significando de que morte havia de morrer". Além disso, o fato de atrair "todos" a Si, que é o que diz aqui, não se refere necessariamente a crentes. No Milênio, quando todas as nações da terra se posicionarem ao lado do Senhor, muitos nem sequer terão fé. A passagem não poderia estar se referindo às campanhas evangelísticas que hoje ocorrem na cristandade evangélica, pois mesmo as maiores e mais bem sucedidas campanhas não chegam sequer perto de atrair "todos" ao Senhor.
Entendo que isto não responda à sua pergunta, mas achei ser importante sabermos que a passagem citada na pergunta não está se referindo a campanhas evangelísticas. E acredito que entendi perfeitamente sua pergunta: Você está querendo saber a razão de vermos tanta bênção nas denominações religiosas e não encontrarmos o mesmo entre nós, apesar de estarmos reunidos da forma correta e eles não. É uma boa pergunta e merece uma boa resposta.
RESPOSTA: O problema está em considerarmos o sucesso no testemunho do evangelho como evidência de um grupo de cristãos estar ou não congregado no terreno eclesiástico correto. É um erro pensarmos assim. É perfeitamente compreensível que alguém tenha tal ideia. Você poderia pensar que se Deus aprova algo Ele irá Se identificar com isso em poder e a Sua bênção será derramada sobre isso para que todos vejam. Mas as coisas não são necessariamente assim.
Acredito que exista uma boa razão para ocorrerem muitas bênçãos na pregação do evangelho nas igrejas evangélicas em nossos dias, e relativamente poucos resultados entre aqueles congregados ao nome do Senhor.
Deus abençoa a Sua Palavra onde quer que ela seja pregada.
Primeiro, Deus abençoa a Sua Palavra onde quer que ela seja pregada. Paulo disse a Timóteo: "A palavra de Deus não está presa" (2 Tm 2:9). Naquela ocasião Paulo estava numa prisão. Seus trabalhos tinham sido motivo de bênção por vários anos, mas agora ele tinha sido colocado de lado. Todavia, ele estava confiante de que a bênção continuaria a ser derramada por meio do evangelho, mesmo que o próprio Paulo estivesse preso. Ele sabia que Deus poderia usar outros, e iria fazê-lo, na disseminação do evangelho. Ele entendia que o Senhor não precisava dele para propagar a mensagem, mesmo que Deus o tivesse usado no passado para fazer aquele trabalho. Quem quer que fosse suficientemente diligente para sair levando a Palavra de Deus cedo ou tarde colheria os resultados da pregação do evangelho. O Senhor disse: "Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei" (Is 55:11). Os que estão nas denominações têm sido diligentes naquilo que Paulo exortou Timóteo a fazer -- "Que pregues a palavra" (2 Tm 4:2) -- e Deus está abençoando a Sua Palavra. Por esta razão existe bênção em muitas denominações. Deveríamos estar gratos por cada esforço que é feito entre os cristãos na propagação das boas novas, e orar para que o resultado disso seja uma grande colheita de almas. Não devemos pensar que a bênção no evangelho que é pregado pela Palavra de Deus fique restrita a um grupo de cristãos; os santos congregados ao nome do Senhor não têm o monopólio da pregação da Palavra de Deus.
Todavia, seria um erro acharmos que a bênção obtida na pregação do evangelho seja prova de que as denominações estejam eclesiasticamente corretas. Alguém poderia olhar para as várias organizações eclesiásticas e pensar: "Deus deve aprovar essas denominações, pois Ele as está usando para salvar pessoas". Pode parecer que Deus esteja usando as igrejas evangélicas na cristandade, mas não são essas organizações feitas por homens que Ele está usando. Deus está usando a Sua Palavra. Como já disse, Deus pode e usa a Sua Palavra para bênção onde quer que ela seja ministrada. Se um assim chamado Pastor ou Ministro prega a Palavra de Deus para sua audiência, o Espírito de Deus tomará a Palavra de Deus e a aplicará nas almas e estas serão salvas. É inegável que as pessoas estejam sendo salvas nesses lugares. Mas isto não significa que Deus aprove a ordem denominacional inventada pelos homens. Uma pessoa poderia levar a Palavra de Deus em um lugar impróprio, como um bar, e mesmo assim o Espírito usar essa Palavra para a salvação de alguém. Mas nós não nos atreveríamos a dizer que Deus estaria usando os bares! A existência das denominações não pode ser assim justificada. (Não estou colocando as denominações e os bares em um mesmo nível, mas apenas ilustrando minha opinião de que Deus pode usar a Sua Palavra em qualquer lugar).
Trata-se de um fato: Deus abençoa a Sua Palavra onde quer que ela seja pregada, e por quem quer que ela seja pregada. No capítulo 1 da carta aos Filipenses Paulo fala de alguns que estavam pregando a Palavra com uma motivação errada, e mesmo assim Deus a estava abençoando! Mais uma vez, isto não significa que Deus aprove os servos que pregam com segundas intenções, mas simplesmente demonstra que a Sua Palavra será de bênção onde e por quem quer que seja pregada, até mesmo por uma pessoa em um estado de espírito completamente errado.
Existe mais gente nas igrejas denominacionais.
A segunda razão de existirem mais resultados observáveis da pregação do evangelho nas igrejas evangélicas do que entre os santos congregados ao nome do Senhor é porque existe um número maior de pessoas nessas igrejas que estão engajadas no trabalho evangelístico. O Salmo 68:11 diz: "O Senhor deu a palavra; grande era o exército dos que anunciavam as boas novas". Enfatizo a palavra "grande" neste versículo porque um número maior de pessoas envolvidas em um trabalho geralmente alcançam maiores resultados. É simples de entender: aqueles nas denominações têm mais gente envolvida e naturalmente obtêm mais resultados. Os que estão nas igrejas evangélicas devem ser vistos como exemplo de diligência no trabalho evangelístico. Na verdade eles nos fazem ficar envergonhados.
Sei que os resultados dos quais ouvimos falar nas denominações são espantosos, mas os mesmos números podem nos enganar. Deixe-me dar um exemplo. Um amigo contou que em sua igreja não passa uma semana sem que pelo menos uma pessoa seja salva! Perguntei a ele quantas pessoas há em sua igreja e se não me falha a memória ele disse que por volta de 3500. Para facilitar um cálculo, vamos supor, a título de ilustração, que este número fosse 5000. Isto significa cinco mil pessoas envolvidas para que cerca de 50 pessoas sejam salvas todos os anos, já que existem 52 semanas no ano. Mas suponha que tirássemos um zero do número de membros dessa congregação e existissem apenas 500 pessoas ali. Quantos seriam salvos por ano neste caso? Usando a mesma proporção, cinco. Se tirarmos outro zero daquele número teríamos apenas 50 pessoas naquela igreja, o que é mais ou menos o tamanho da maioria das assembleias dos irmãos congregados ao nome do Senhor. Quantas pessoas seriam salvas por ano usando a mesma média? Bem, meia pessoa, ou uma pessoa a cada dois anos.
Vistos deste ângulo os números não parecem tão intimidadores. Sua taxa de sucesso em relação ao número de pessoas não é muito melhor do que aquilo que acontece entre os santos congregados ao nome do Senhor. Portanto, na próxima vez em que alguém me disser que a cada semana uma pessoa é salva em sua mega igreja, vou dizer: "Só isso? Com tanta gente ali era de se esperar que tivessem um resultado melhor do que esse!". Sendo assim, não nos deixemos levar por estatísticas. Nossa primeira responsabilidade é fazermos a vontade de Deus e deixarmos os resultados com Ele. Quando o assunto é o evangelho, é Deus quem dá o "crescimento" na seara das almas (1 Co 3:6).
Gostaria apenas de acrescentar que se você estiver seriamente preocupado com os tristes resultados da obra evangelística entre nós talvez devesse pensar em se envolver nela. É comum que aqueles que criticam essa fraqueza sejam os mesmos que parecem fazer muito pouco a respeito.
RESUMINDO: Existe mais bênção no trabalho evangelístico nas igrejas evangélicas do que entre os santos congregados ao nome do Senhor porque Deus abençoa a Sua Palavra onde e por quem quer que ela seja pregada, e as pessoas nas denominações têm sido mais diligentes do que nós neste trabalho. Além disso, existe nesses lugares um número maior de pessoas engajadas neste trabalho e estatisticamente isto leva a maiores resultados.
Vamos abrir nesta passagem em João 12 e ler os versículos 31 e 32: "Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo. E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim".
Antes de tentar responder à sua pergunta, é preciso entender que esta passagem não fala do testemunho do evangelho neste tempo de graça. O contexto do capítulo é o reino milenial de Cristo. O Senhor tinha vindo a Jerusalém e estava sendo recebido pela multidão, que clamava: "Hosana! Bendito o Rei de Israel que vem em nome do Senhor" (vers. 13). O povo esperava que Ele estabelecesse o reino e reinasse em poder e glória. Os gentios são também mencionados como tendo ido à festa para adorar, o que é outro importante aspecto do reino milenial (Zc 2:11; Is 14:1; 56:6; Sl 47:9; 72:10-11). O Senhor viu que, para que tudo isso se cumprisse, Ele deveria cair na terra e morrer, tal qual o "grão de trigo" (vers. 24). Morrendo, Ele daria "muito fruto". A verdade é que esta era a verdadeira razão de Ele ter vindo "a esta hora" (vers. 27-30). Mas, se Ele fosse "levantado" sobre a cruz em rejeição, sua promessa era de que haveria um dia quando Ele atrairia a Si todas as nações no Milênio. O mundo estava prestes a crucificar o Senhor, mas ao fazê-lo, estaria condenando a si mesmo. Por isso o Senhor disse: "Agora é o juízo deste mundo".
Portanto, esta passagem não está falando de crentes "levantando" o Senhor no testemunho evangelístico, mas de incrédulos que O levantariam na cruz em escárnio. O versículo seguinte (33) confirma isto. Ali diz: "E dizia isto, significando de que morte havia de morrer". Além disso, o fato de atrair "todos" a Si, que é o que diz aqui, não se refere necessariamente a crentes. No Milênio, quando todas as nações da terra se posicionarem ao lado do Senhor, muitos nem sequer terão fé. A passagem não poderia estar se referindo às campanhas evangelísticas que hoje ocorrem na cristandade evangélica, pois mesmo as maiores e mais bem sucedidas campanhas não chegam sequer perto de atrair "todos" ao Senhor.
Entendo que isto não responda à sua pergunta, mas achei ser importante sabermos que a passagem citada na pergunta não está se referindo a campanhas evangelísticas. E acredito que entendi perfeitamente sua pergunta: Você está querendo saber a razão de vermos tanta bênção nas denominações religiosas e não encontrarmos o mesmo entre nós, apesar de estarmos reunidos da forma correta e eles não. É uma boa pergunta e merece uma boa resposta.
RESPOSTA: O problema está em considerarmos o sucesso no testemunho do evangelho como evidência de um grupo de cristãos estar ou não congregado no terreno eclesiástico correto. É um erro pensarmos assim. É perfeitamente compreensível que alguém tenha tal ideia. Você poderia pensar que se Deus aprova algo Ele irá Se identificar com isso em poder e a Sua bênção será derramada sobre isso para que todos vejam. Mas as coisas não são necessariamente assim.
Acredito que exista uma boa razão para ocorrerem muitas bênçãos na pregação do evangelho nas igrejas evangélicas em nossos dias, e relativamente poucos resultados entre aqueles congregados ao nome do Senhor.
Deus abençoa a Sua Palavra onde quer que ela seja pregada.
Primeiro, Deus abençoa a Sua Palavra onde quer que ela seja pregada. Paulo disse a Timóteo: "A palavra de Deus não está presa" (2 Tm 2:9). Naquela ocasião Paulo estava numa prisão. Seus trabalhos tinham sido motivo de bênção por vários anos, mas agora ele tinha sido colocado de lado. Todavia, ele estava confiante de que a bênção continuaria a ser derramada por meio do evangelho, mesmo que o próprio Paulo estivesse preso. Ele sabia que Deus poderia usar outros, e iria fazê-lo, na disseminação do evangelho. Ele entendia que o Senhor não precisava dele para propagar a mensagem, mesmo que Deus o tivesse usado no passado para fazer aquele trabalho. Quem quer que fosse suficientemente diligente para sair levando a Palavra de Deus cedo ou tarde colheria os resultados da pregação do evangelho. O Senhor disse: "Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei" (Is 55:11). Os que estão nas denominações têm sido diligentes naquilo que Paulo exortou Timóteo a fazer -- "Que pregues a palavra" (2 Tm 4:2) -- e Deus está abençoando a Sua Palavra. Por esta razão existe bênção em muitas denominações. Deveríamos estar gratos por cada esforço que é feito entre os cristãos na propagação das boas novas, e orar para que o resultado disso seja uma grande colheita de almas. Não devemos pensar que a bênção no evangelho que é pregado pela Palavra de Deus fique restrita a um grupo de cristãos; os santos congregados ao nome do Senhor não têm o monopólio da pregação da Palavra de Deus.
Todavia, seria um erro acharmos que a bênção obtida na pregação do evangelho seja prova de que as denominações estejam eclesiasticamente corretas. Alguém poderia olhar para as várias organizações eclesiásticas e pensar: "Deus deve aprovar essas denominações, pois Ele as está usando para salvar pessoas". Pode parecer que Deus esteja usando as igrejas evangélicas na cristandade, mas não são essas organizações feitas por homens que Ele está usando. Deus está usando a Sua Palavra. Como já disse, Deus pode e usa a Sua Palavra para bênção onde quer que ela seja ministrada. Se um assim chamado Pastor ou Ministro prega a Palavra de Deus para sua audiência, o Espírito de Deus tomará a Palavra de Deus e a aplicará nas almas e estas serão salvas. É inegável que as pessoas estejam sendo salvas nesses lugares. Mas isto não significa que Deus aprove a ordem denominacional inventada pelos homens. Uma pessoa poderia levar a Palavra de Deus em um lugar impróprio, como um bar, e mesmo assim o Espírito usar essa Palavra para a salvação de alguém. Mas nós não nos atreveríamos a dizer que Deus estaria usando os bares! A existência das denominações não pode ser assim justificada. (Não estou colocando as denominações e os bares em um mesmo nível, mas apenas ilustrando minha opinião de que Deus pode usar a Sua Palavra em qualquer lugar).
Trata-se de um fato: Deus abençoa a Sua Palavra onde quer que ela seja pregada, e por quem quer que ela seja pregada. No capítulo 1 da carta aos Filipenses Paulo fala de alguns que estavam pregando a Palavra com uma motivação errada, e mesmo assim Deus a estava abençoando! Mais uma vez, isto não significa que Deus aprove os servos que pregam com segundas intenções, mas simplesmente demonstra que a Sua Palavra será de bênção onde e por quem quer que seja pregada, até mesmo por uma pessoa em um estado de espírito completamente errado.
Existe mais gente nas igrejas denominacionais.
A segunda razão de existirem mais resultados observáveis da pregação do evangelho nas igrejas evangélicas do que entre os santos congregados ao nome do Senhor é porque existe um número maior de pessoas nessas igrejas que estão engajadas no trabalho evangelístico. O Salmo 68:11 diz: "O Senhor deu a palavra; grande era o exército dos que anunciavam as boas novas". Enfatizo a palavra "grande" neste versículo porque um número maior de pessoas envolvidas em um trabalho geralmente alcançam maiores resultados. É simples de entender: aqueles nas denominações têm mais gente envolvida e naturalmente obtêm mais resultados. Os que estão nas igrejas evangélicas devem ser vistos como exemplo de diligência no trabalho evangelístico. Na verdade eles nos fazem ficar envergonhados.
Sei que os resultados dos quais ouvimos falar nas denominações são espantosos, mas os mesmos números podem nos enganar. Deixe-me dar um exemplo. Um amigo contou que em sua igreja não passa uma semana sem que pelo menos uma pessoa seja salva! Perguntei a ele quantas pessoas há em sua igreja e se não me falha a memória ele disse que por volta de 3500. Para facilitar um cálculo, vamos supor, a título de ilustração, que este número fosse 5000. Isto significa cinco mil pessoas envolvidas para que cerca de 50 pessoas sejam salvas todos os anos, já que existem 52 semanas no ano. Mas suponha que tirássemos um zero do número de membros dessa congregação e existissem apenas 500 pessoas ali. Quantos seriam salvos por ano neste caso? Usando a mesma proporção, cinco. Se tirarmos outro zero daquele número teríamos apenas 50 pessoas naquela igreja, o que é mais ou menos o tamanho da maioria das assembleias dos irmãos congregados ao nome do Senhor. Quantas pessoas seriam salvas por ano usando a mesma média? Bem, meia pessoa, ou uma pessoa a cada dois anos.
Vistos deste ângulo os números não parecem tão intimidadores. Sua taxa de sucesso em relação ao número de pessoas não é muito melhor do que aquilo que acontece entre os santos congregados ao nome do Senhor. Portanto, na próxima vez em que alguém me disser que a cada semana uma pessoa é salva em sua mega igreja, vou dizer: "Só isso? Com tanta gente ali era de se esperar que tivessem um resultado melhor do que esse!". Sendo assim, não nos deixemos levar por estatísticas. Nossa primeira responsabilidade é fazermos a vontade de Deus e deixarmos os resultados com Ele. Quando o assunto é o evangelho, é Deus quem dá o "crescimento" na seara das almas (1 Co 3:6).
Gostaria apenas de acrescentar que se você estiver seriamente preocupado com os tristes resultados da obra evangelística entre nós talvez devesse pensar em se envolver nela. É comum que aqueles que criticam essa fraqueza sejam os mesmos que parecem fazer muito pouco a respeito.
RESUMINDO: Existe mais bênção no trabalho evangelístico nas igrejas evangélicas do que entre os santos congregados ao nome do Senhor porque Deus abençoa a Sua Palavra onde e por quem quer que ela seja pregada, e as pessoas nas denominações têm sido mais diligentes do que nós neste trabalho. Além disso, existe nesses lugares um número maior de pessoas engajadas neste trabalho e estatisticamente isto leva a maiores resultados.
domingo, 16 de dezembro de 2012
A verdade que liberta
#188 A verdade que liberta
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=Au2QgOyRYDk
Ao escutarem o que Jesus diz, muitos creem nele, e a estes ele diz: "Se permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sois meus discípulos". Você não é salvo por permanecer na palavra de Jesus, mas permanece na sua palavra por ter sido salvo. É isso que diferencia um verdadeiro discípulo de alguém que só professa ser cristão.
Jesus diz ainda: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". Mas como alguém pode ser livre colocando-se sob o senhorio de Cristo e entregando a ele a direção de sua vida? Acaso liberdade não é ter o livre arbítrio de fazer o que bem entender e ser dono do próprio nariz?
Não. Primeiro, porque a ideia de que alguém tenha livre arbítrio é falsa. Ninguém faz suas próprias escolhas de livre e espontânea vontade. Adão pôde escolher, nós não. Desde a queda do homem as nossas escolhas passaram a ser ditadas pelo pecado que habita nós. Por isso Jesus diz que aquele que comete pecado é servo do pecado. Ao pecar você está sob a direção de sua velha natureza. Ao crer em Jesus você é liberto.
Mas nem sempre o cristão desfruta dessa liberdade. Se você ler a carta aos Romanos, verá ali uma progressão. Os primeiros capítulos dizem que ninguém busca a Deus, por sermos pecadores por natureza. Portanto não temos livre arbítrio para escolher entre o bem e o mal: nascemos configurados para escolher o mal. O capítulo 7 de Romanos diz que na carne, isto é, em nossa natureza, não existe bem algum.
É só depois de receber a nova vida pelo novo nascimento que você passa a desejar o bem, mas encontra em sua carne a tendência de fazer o mal. Você descobre que é um novo homem, porém com o corpo do velho homem atado a você. É neste ponto que a alma clama e descobre que sua libertação está fora de si, em Jesus, e não em tentar domesticar sua carne pelos preceitos da lei dada a Moisés:
"Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Assim que eu mesmo, com o entendimento, sirvo à lei de Deus, mas, com a carne, à lei do pecado".
É no capítulo 8 de Romanos que Paulo explica como se ver livre da lei do pecado e da morte. Quando o cristão vive no espírito de Romanos 8 ele tem uma vida livre e de comunhão com Deus. Quando ainda se encontra em Romanos 7, tentando fazer sua carne obedecer à lei de Deus, ele vive frustrado, isso quando não se transforma num hipócrita.
Ser verdadeiramente livre é estar em Cristo e ser guiado por sua palavra aplicada pelo Espírito Santo, do mesmo modo como um trem precisa estar nos trilhos e ser guiado por eles para correr livre. Um trem correndo fora dos trilhos não é livre, é um desastre.
Nos próximos 3 minutos os judeus retrucam que nunca foram escravos.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
O que voce acha desse pregador?
Não conhecia o pregador filipino que você mencionou e precisei pesquisar para saber quem era. Embora a Palavra de Deus deixe claro que não cabe a nós julgar pessoas, ela também ensina que devemos julgar o que as pessoas falam e suas doutrinas. E é o que pretendo fazer aqui. Homem nenhum deve ser aos nossos olhos infalível em seu modo de viver e pregar.
O cristão não segue a homens, mas a Cristo. Minhas observações aqui sobre a doutrina que ele professa ajudarão você a identificar o erro, não apenas em seu ensino, mas também no ensino de muitos outros pregadores que professam algo semelhante. Os versículos a seguir mostram nossa responsabilidade em julgar tudo o que vemos, lemos e ouvimos:
"Falo como a entendidos; julgai vós mesmos o que digo". 1 Coríntios 10:15
"Examinai tudo. Retende o bem". 1 Tessalonicenses 5:21
"E falem dois ou três profetas, e os outros julguem". 1 Coríntios 14:29
Mat 7:15-23 Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?... Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.
2Co 11:13 Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo.
Se esse homem exerce tal influência sobre você (como parece exercer, pelo modo como você o exalta), então é preciso cuidado. Paulo deixou muito claro em sua primeira epístola aos Coríntios do perigo que é seguir homens, mesmo aqueles que podem nos ensinar verdades preciosas (não é o caso desse pregador, pelo que já vi). Devemos julgar tudo o que as pessoas falam e rejeitar aquilo que não estiver de acordo com a Palavra de Deus.
Aparentemente você foi seduzido pelo fato de ele não pedir dinheiro aos seguidores, ao contrário do que fazem muitos pregadores atuais. Mas isso não o isenta da responsabilidade pelas heresias que ensina e que vou explicar em resumo.
O site em português não diz em quê eles creem, por isso fui ao site em inglês e logo de cara constatei tratar-se de uma seita fundamentada em mentiras. Posso dizer com todas as letras e sem medo de errar: NÃO É DE DEUS. A fim de não fazer propaganda do pregador e da igreja que fundou (porque alguns adoram ser criticados porque isso também atrai curiosos para sua denominação que podem virar adeptos), esta versão pública da resposta omite tal informação.
Na declaração de fé de sua "igreja" fica claro que ele não crê na Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, mas em um Deus Pai, negando a divindade de Cristo e sua igualdade com o Pai ao dizer "a true and Mighty God" que significa dizer que Jesus é "um" Deus verdadeiro e poderoso, e não "o" Deus. Ele também não inclui o Espírito Santo na deidade, mostrando que não crê na Pessoa do Espírito Santo. Talvez ele creia numa influência ou poder, como fazem os Testemunhas de Jeová.
Em seguida ele diz crer que Deus Pai enviou o Seu filho Jesus Cristo... como Salvador do mundo? Não! Ele diz que Cristo foi enviado (agora vou traduzir ao pé da letra) para "o estabelecimento da IGREJA [nome da denominação], a congregação dos Apóstolos, Profetas, Mestres e outros; primeiro fundada na cidade de Jerusalém, e mais tarde disseminada e pregada pelos Apóstolos em diferentes lugares da Ásia Menor".
É inacreditável que alguém possa seguir um homem que prega tamanha bobagem. Ele está dizendo que a denominação que criou foi fundada em Jerusalém há dois mil anos e pregada pelos apóstolos! Isso obviamente exclui todos os cristãos que não sejam seguidores dele. Essa declaração é parecida com o que prega o catolicismo.
Em seguida ele diz que as nações dos gentios (os não judeus) são participantes da promessa de vida eterna pela fé em Cristo Jesus e no evangelho... (agora vem a melhor parte, que ele faz questão de colocar em letras garrafais) "e não estão autorizadas por Deus a ESTABELECEREM SUA PRÓPRIA IGREJA". Considerando o que ele afirmou no parágrafo anterior sobre a denominação que fundou, e que essa é a igreja verdadeira, o que ele está dizendo agora é que ninguém pode estabelecer outra igreja além daquela que ele estabeleceu e que (em seus devaneios iguais aos de qualquer guru) seria a verdadeira igreja.
Ele acrescenta que a obrigação mais importante dos membros da denominação que fundou é propagar o evangelho... "pois somente a igreja pode ensinar a sabedoria de Deus para a salvação da humanidade". Obviamente por "igreja" devemos entender que ele está falando de sua própria denominação. Nada diferente do que ensinam muitas seitas heréticas. A propósito, em nenhum lugar nas escrituras vemos que a igreja ensina. A igreja nunca ensina, a igreja só aprende.
O cristão não segue a homens, mas a Cristo. Minhas observações aqui sobre a doutrina que ele professa ajudarão você a identificar o erro, não apenas em seu ensino, mas também no ensino de muitos outros pregadores que professam algo semelhante. Os versículos a seguir mostram nossa responsabilidade em julgar tudo o que vemos, lemos e ouvimos:
"Falo como a entendidos; julgai vós mesmos o que digo". 1 Coríntios 10:15
"Examinai tudo. Retende o bem". 1 Tessalonicenses 5:21
"E falem dois ou três profetas, e os outros julguem". 1 Coríntios 14:29
Mat 7:15-23 Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?... Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.
2Co 11:13 Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo.
Se esse homem exerce tal influência sobre você (como parece exercer, pelo modo como você o exalta), então é preciso cuidado. Paulo deixou muito claro em sua primeira epístola aos Coríntios do perigo que é seguir homens, mesmo aqueles que podem nos ensinar verdades preciosas (não é o caso desse pregador, pelo que já vi). Devemos julgar tudo o que as pessoas falam e rejeitar aquilo que não estiver de acordo com a Palavra de Deus.
Aparentemente você foi seduzido pelo fato de ele não pedir dinheiro aos seguidores, ao contrário do que fazem muitos pregadores atuais. Mas isso não o isenta da responsabilidade pelas heresias que ensina e que vou explicar em resumo.
O site em português não diz em quê eles creem, por isso fui ao site em inglês e logo de cara constatei tratar-se de uma seita fundamentada em mentiras. Posso dizer com todas as letras e sem medo de errar: NÃO É DE DEUS. A fim de não fazer propaganda do pregador e da igreja que fundou (porque alguns adoram ser criticados porque isso também atrai curiosos para sua denominação que podem virar adeptos), esta versão pública da resposta omite tal informação.
Na declaração de fé de sua "igreja" fica claro que ele não crê na Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, mas em um Deus Pai, negando a divindade de Cristo e sua igualdade com o Pai ao dizer "a true and Mighty God" que significa dizer que Jesus é "um" Deus verdadeiro e poderoso, e não "o" Deus. Ele também não inclui o Espírito Santo na deidade, mostrando que não crê na Pessoa do Espírito Santo. Talvez ele creia numa influência ou poder, como fazem os Testemunhas de Jeová.
Em seguida ele diz crer que Deus Pai enviou o Seu filho Jesus Cristo... como Salvador do mundo? Não! Ele diz que Cristo foi enviado (agora vou traduzir ao pé da letra) para "o estabelecimento da IGREJA [nome da denominação], a congregação dos Apóstolos, Profetas, Mestres e outros; primeiro fundada na cidade de Jerusalém, e mais tarde disseminada e pregada pelos Apóstolos em diferentes lugares da Ásia Menor".
É inacreditável que alguém possa seguir um homem que prega tamanha bobagem. Ele está dizendo que a denominação que criou foi fundada em Jerusalém há dois mil anos e pregada pelos apóstolos! Isso obviamente exclui todos os cristãos que não sejam seguidores dele. Essa declaração é parecida com o que prega o catolicismo.
Em seguida ele diz que as nações dos gentios (os não judeus) são participantes da promessa de vida eterna pela fé em Cristo Jesus e no evangelho... (agora vem a melhor parte, que ele faz questão de colocar em letras garrafais) "e não estão autorizadas por Deus a ESTABELECEREM SUA PRÓPRIA IGREJA". Considerando o que ele afirmou no parágrafo anterior sobre a denominação que fundou, e que essa é a igreja verdadeira, o que ele está dizendo agora é que ninguém pode estabelecer outra igreja além daquela que ele estabeleceu e que (em seus devaneios iguais aos de qualquer guru) seria a verdadeira igreja.
Ele acrescenta que a obrigação mais importante dos membros da denominação que fundou é propagar o evangelho... "pois somente a igreja pode ensinar a sabedoria de Deus para a salvação da humanidade". Obviamente por "igreja" devemos entender que ele está falando de sua própria denominação. Nada diferente do que ensinam muitas seitas heréticas. A propósito, em nenhum lugar nas escrituras vemos que a igreja ensina. A igreja nunca ensina, a igreja só aprende.
Esta passagem fala de quem mata um crente?
Não, por mais sério que seja alguém matar qualquer pessoa, seja ela crente em Cristo ou não, este não é o assunto da passagem de 1 Coríntios 3:17, e isto fica claro pela expressão "que sois vós" no final, indicando um sentido coletivo, não indvidual: "Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo".
Para entender é preciso lembrar que a Palavra de Deus chama de "templo" não apenas o corpo físico do cristão individualmente, mas a Igreja como um todo, cuja expressão local é a assembleia onde dois ou três estão congregados ao nome do Senhor.
Às vezes esta passagem não é compreendida porque em 1 Coríntios 6:10 o assunto é o corpo do crente, individualmente, e do cuidado que devemos ter de não contaminarmos este corpo unindo-o a uma meretriz: "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?". Embora ele fale no plural, "vosso corpo", o assunto é claramente individual por tratar-se de relação sexual ilícita.
Já em 2 Coríntios 6:16 creio podermos aplicar o que Paulo diz tanto no sentido individual como coletivo: "E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo". A contaminação por idolatria (e entenda como idolatria qualquer coisa à qual é dada mais importância do que Deus, seja isso dinheiro, família, diversões etc.) pode ser tanto individual como coletiva.
Mas na passagem que você mencionou de 1 Coríntios 3:17 o sentido é coletivo e também congregacional, pois está falando da "casa de Deus", que é o aspecto administrativo da morada de Deus em Espírito, o mesmo aspecto tratado em 1 Timóteo e 2 Timóteo, em que cada um individualmente é um vaso e tem sua responsabilidade na construção. Infelizmente a "casa de Deus" de 1 Timóteo haveria de se transformar na "grande casa" de 2 Timóteo (este é o tempo em que vivemos), onde há vasos (indivíduos) de todos os tipos, uns para honra e outros para desonra:
"Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade... Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra. De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra" (1 Tm 3:15; 2 Tm 2:20-21).
Vamos ao contexto da passagem que você citou:
1Co 3:9-17 "Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e EDIFÍCIO de Deus. Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro EDIFICA sobre ele; mas VEJA CADA UM COMO EDIFICA sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento FORMAR UM EDIFÍCIO de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a OBRA DE CADA UM se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja A OBRA DE CADA UM. Se A OBRA QUE ALGUÉM EDIFICOU nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se A OBRA DE ALGUÉM se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo. Não sabeis VÓS QUE SOIS O TEMPLO DE DEUS e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo".
Observe que tudo aqui fala da responsabilidade individual na edificação do aspecto prática do templo de Deus, isto é, da assembleia local (devemos nos lembrar de que Paulo está inicialmente falando da experiência dele em Corinto). O templo é de Deus e por isso todos os crentes são responsáveis por trabalhar em prol de sua construção, nunca contra, e devem trabalhar juntos neste sentido. Deus dá a cada um a habilidade de trabalhar neste sentido, e ao se referir à assembleia em Corinto, Paulo diz:
"Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele" (1 Co 3:10).
Foi Paulo quem pregou aos coríntios Cristo, e este crucificado. Este é o único fundamento, o foi colocado apenas uma vez no início da construção, como acontece com qualquer alicerce numa obra. A partir dos que foram salvos pela fé teve início a assembleia naquela localidade, a qual continuou a ser construída pelos outros que edificavam sobre o fundamento lançado por Paulo. Mas o apóstolo deixa clara a responsabilidade de cada um na construção na forma de um alerta: "Mas veja cada um como edifica sobre ele". Isto é solene. Cada crente tem uma enorme responsabilidade nas consequências de seus atos e no impacto que estes causam na assembleia.
Nos versículos seguintes ele ensina que nem tudo o que é trazido pelos crentes individualmente para essa construção é material utilizável. Muita coisa não passa de madeira, feno e palha, coisas que no final serão provadas como inúteis pelo fogo, do mesmo modo como os trabalhadores em uma construção costumam no final queimar o lixo, restos de embalagem, madeira inútil etc. Mesmo assim, em relação à casa de Deus os que nada trouxeram de valor para a construção serão salvos, "todavia como pelo fogo".
Portanto a responsabilidade do crente é buscar sempre agregar valor à vida em assembleia, edificando com coisas preciosas e condizentes com o caráter de Deus, respresentadas aqui por "ouro, prata e pedras preciosas". "A obra de cada um se manifestará... e o fogo provará qual seja a obra de cada um". A pergunta sempre deve ser: O que estou trazendo de útil para a casa de Deus? Estou sendo um auxílio ou um empecilho? Edifico a fé de meus irmãos ou coloco tropeços?
Resumindo, o apóstolo aqui detalha os três aspectos dessa obra. Primeiro, no versículo 14, ele fala do serviço que é ÚTIL para a edificação ("ouro, prata, pedras preciosas") e pelo qual o crente receberá galardão ou recompensa. Depois ele fala do serviço que é INÚTIL e irrelevante ("madeira, feno, palha"), para o qual não haverá recompensa, muito embora o crente individualmente será salvo no final, mas de mãos vazias. É bom lembrar que essa prova de fogo nada tem a ver com a salvação do crente. São as suas obras, e não ele próprio, que são provadas.
Finalmente o apóstolo fala do terceiro tipo de trabalho na casa de Deus, o trabalho que não é nem edificante, nem irrelevante, mas destrutivo. Pessoas que levam seus irmãos a pecar estão fazendo este tipo de trabalho. Os que ensinam más doutrinas também. Aqueles que se esforçam em atrapalhar o testemunho da assembleia são igualmente destruidores. Mas o enfoque principal aqui está nos que nem mesmo creem em Cristo, mas apenas aparentam ser cristãos e se infiltram com segundas intenções, buscando de todas as maneiras atrapalhar o testemunho. São os "lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho" (At 20:29). A sentença dada aqui é solene:
"Se alguém destruir o templo de Deus, DEUS O DESTRUIRÁ; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo".
Como aqueles empenhados nessa vil tarefa costumam acreditar estar certos, por se acharem mais sábios que todos os outros ali, esse aviso é seguido de outro alerta: "Ninguém se engane a si mesmo. Se alguém dentre vós SE TEM POR SÁBIO neste mundo, faça-se louco para ser sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia" 1 Co 3:18-19.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Manjar Celestial: Principios Fundamentais Sobre os Quais a Igreja e'...
Principios Fundamentais Sobre os Quais a Igreja e' Edificada
Na Palavra de Deus encontramos o pensamento de Deus com referência à igreja de Deus. Lemos em Atos 20 que a igreja é muito querida ao coração de Deus, pois Ele pagou por ela com o sangue do Seu único Filho. Ele zela por essa igreja para que ela possa seguir adiante e permanecer em todos os seus privilégios que lhe foram garantidos na Palavra de Deus pelo Espírito Santo enviado do céu.
A igreja de Deus era algo novo e distinto naqueles dias de Atos. Ela nunca havia sido o objeto de profecia direta, apesar de poder ser encontrada escondida em tipos e sombras desde o primeiro tipo mais importante que aparece na Bíblia, até a vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Mas quanto à sua existência real, a igreja de Deus nunca existiu até aquele dia memorável quando os 120 foram reunidos no cenáculo e o Espírito de Deus desceu e os batizou em um único corpo. A Cabeça ascendida no céu assumiu a responsabilidade de equipar Sua igreja com todos os dons necessários. Ele ainda vive, Ele ainda está na glória, Ele ainda cuida de Sua igreja, Ele ainda concede dons, e Ele ainda cuida de cada indivíduo que faz parte deste corpo.
No Novo Testamento, principalmente em Atos e na epístolas, todos os detalhes foram providenciados especialmente para nós, principalmente os princípios fundamentais sobre os quais a igreja foi edificada, e pelos quais – e para os quais – ela foi formada.
Quem Eram Eles?
Veja o versículo 42 do capítulo 2: "E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações". Diz que eles "perseveravam". Quem eram eles? O novo grupo, aquela companhia de pessoas batizadas com o Espírito de Deus, e batizadas com água para que se identificassem com essa nova posição aqui neste mundo.
Portanto aqui vemos uma companhia de pessoas batizadas; eles haviam recebido a Palavra e foram batizados. Naquele dia em particular, quando Pedro fez sua pregação, três mil almas foram acrescentadas. "E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações." Qualquer grupo de cristãos que rejeite qualquer uma destas quatro coisas não está agindo em conformidade com o plano que Deus tem em mente. Lembre-se: é a igreja dEle, e Ele é Quem decide o caminho, e tanto eu como você só estaremos obedecendo se estivermos seguindo aquilo que é a Palavra de Deus. Uma das características de um cristão é "perseverar".
A Doutrina dos Apóstolos
Qual destas quatro coisas vem primeiro no versículo 42? A doutrina dos apóstolos. Estamos vivendo numa época de superficialidade de pensamento. As pessoas dizem que a doutrina não faz nenhuma diferença, todavia ela faz toda diferença. A doutrina é algo solene, ela tem a preeminência, e você encontra isso repetidamente na Palavra de Deus.
Abra em 1 Timóteo 1, no final do versículo 10: "...e para o que for contrário à sã doutrina". Acaso Deus não se importa com o que você crê? Na mesma epístola, capítulo 4.13, "Persiste em ler, exortar e ensinar [doutrinar], até que eu vá". Acaso não faz diferença em que você crê? Dê atenção à doutrina. Então, no versículo 16, "Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem". Você quer ser usado para bênção de outros? Então permaneça na sã doutrina, pois vivemos numa época em que precisamos estar atentos quanto à sã doutrina.
Abra agora em 1 Timóteo 6.3,4: "Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe". De nada vale se vangloriar de possuir um dom, de nada vale ostentar nossas talentosas habilidades, se nossa doutrina não se enquadrar na Palavra de Deus. Nada sabemos aparte da vontade revelada de Deus, como a encontramos na Palavra de Deus.
Em 2 Timóteo 1.13 lemos: "Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e no amor que há em Cristo Jesus". Eu e você não podemos nos permitir fazer experiências com a verdade de Deus. Em 2 João o apóstolo nos alerta: "Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho".
E outra vez, em 2 Timóteo 3.10, "Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência". A doutrina e o modo de viver são duas coisas que andam juntas. O homem irá lhe dizer que não faz nenhuma diferença em que você crê – que o mais importante é o modo de viver. Isto é falso. A doutrina vem primeiro. Você não pode viver certo se não crer certo. Não pense que você pode separar a conduta da doutrina. A única conduta correta que Deus pode contemplar com complacência é a conduta que deseja obedecer à Palavra de Deus revelada. Minha doutrina e minha conduta compõem meu modo de vida.
"Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências.; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas" (2 Tm 4.2-4). É aí que estamos; já atingimos este ponto; não suportarão a sã doutrina.
A Comunhão dos Apóstolos
Volte para Atos 2.42, "E perseveravam... na comunhão [dos apóstolos]". Não apenas na doutrina dos apóstolos, mas também na comunhão dos apóstolos. Existem hoje muitas comunhões neste mundo, mas aqui se trata da comunhão dos apóstolos. De que se trata? Trata-se da comunhão que resulta da associação daqueles que guardam a doutrina dos apóstolos. Em outras palavras, se estiver determinado a observar a doutrina dos apóstolos, você fará isto, e se eu também fizer o mesmo, nos encontraremos juntos. Será algo fundamentado e baseado na doutrina dos apóstolos. Vemos isto acontecendo aqui no versículo 44 deste capítulo: "E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum." Não existe nenhum caminho assinalado nas Escrituras para alguém andar sozinho nas coisas de Deus. Não, e não pense que você está agradando o Senhor quando está andando separado de seus irmãos. Sei que são falhos. Eu sou um deles, e sei que sou uma prova para meus irmãos, mas oh, meus irmãos têm sido tão bons para comigo que busco por graça para seguir adiante com eles.
Partir o Pão
Existe agora um outro ponto: comunhão e partir o pão. Alguns cristãos parecem sentir que existem dois tipos de cristãos no mundo: aqueles que partem o pão e aqueles que não partem o pão. Nunca encontrei tal coisa em minha Bíblia. A não ser quando nos encontramos sob disciplina, partimos o pão. Evidentemente não esperamos que aqueles que se encontram sob disciplina partam o pão. Mas não encontro nas Escrituras que exista uma classe de pessoas que partem o pão, enquanto outras não. Não há tal coisa, mas o normal é que parta o pão, se for um filho de Deus. Este era um dos privilégios da nova posição que tinham como cristãos: este sagrado privilégio que é partir o pão. O Senhor pediu que fizessem isto e eles alegremente atenderam ao pedido. Sei que estamos vivendo dias de enorme confusão, e é difícil você encontrar que caminho trilhar. Estou pronto a admitir isto, mas não se trata de uma desculpa para você seguir adiante sem partir o pão. Você é cristão? Você sabe que seus pecados estão perdoados? Ora, então por que é que você não está lembrando o Senhor no partimento do pão? Trata-se de algo solene. Ele nos pediu que fizéssemos isto. Ele não disse: "Se você quiser, faça assim", ou "se você concordar..." Ele disse "fazei isto". Não disse "vá pregar o evangelho"; não disse "vá ser missionário em outro país", mas "fazei isto em memória de Mim".
Eles perseveravam no partimento do pão; não desistiram. Alguns de nós conhecem crentes que partiram o pão por algum tempo e então pararam de lembrar o Senhor. Quando indagados da razão de terem parado, responderam que ficaram ofendidos por uma razão qualquer. Mas nunca encontrei alguém que tivesse sido ofendido pelo Senhor Jesus Cristo, e todavia foi Ele Quem disse, "Fazei isto em memória de Mim". Por que não podemos ser mais pacientes uns para com os outros? Será que você acha que você particularmente nunca é uma provação para seus irmãos? Será que você não pode encontrar graça suficiente para seguir andando com eles? Você acha que pode se dar por desculpado ao não cumprir o pedido do Senhor só porque alguém feriu seus sentimentos?
Oração
A última coisa que mencionei foi "oração". Ela ocupa um grande lugar nas Escrituras. O Senhor Jesus nos deixou exemplo; Ele era um homem de oração. Quando olhamos para a vida dos apóstolos vemos que também eram homens de oração. Quando Pedro estava na prisão e sua cabeça estava para ser decepada no dia seguinte, os santos de Deus estavam na casa da mãe de João Marcos, de joelhos, para passarem a noite em oração. Não estavam simplesmente repetindo rezas; eles estavam orando fervorosamente. Aquelas orações penetraram na presença de Deus; elas subiram até o trono de Deus, e Deus as ouviu e respondeu de maneira poderosa. Pedro foi gloriosamente libertado. Mas assim que foi libertado e pôde entender o que havia acontecido, seguiu direto para aquele poderoso gerador de sua libertação – aquela pequena reunião de oração em um lar.
Suponha que você estivesse vivendo naquele tempo e soubesse que Pedro estava sendo perseguido e que seria morto. Será que você diria, "Estou cansado hoje; acho que vou ficar em casa hoje à noite. Acho que não vou à reunião de oração"? Então no dia seguinte você escutaria o que aconteceu. Certamente ficaria desapontado; você diria, "Eu gostaria de ter estado ali e orado a Deus por Pedro". Oh, sim, você teria desejado estar naquela reunião de oração. Não despreze a reunião de oração e não a tenha como algo de pouca importância; uma assembléia sem reunião de oração é uma assembléia doente. Graças a Deus hoje é dia de reunião de oração!
Estivemos ocupados com o caminho simples dos santos do Novo Testamento. Será que desejamos, no pouco tempo que nos resta, andar na simplicidade daquele caminho, deixando zelosamente de lado tudo o que seja contrário a ele, que nos faça desviar dele, ou que acrescente alguma coisa a ele? Se estivermos desejosos de seguir por ele, algum dia poderemos ouvir, "Bem está, servo bom e fiel"; não "servo bom e bem sucedido", mas "servo bom e fiel". Que Deus conceda que seja assim.
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Podemos confiar no Novo Testamento?
Nas próprias epístolas temos as evidências de que é nelas que encontramos a autoridade apostólica, portanto creio ser esta a evidência de que estamos em terreno seguro. As epístolas circulavam entre as assembleias levando nelas a autoridade dos apóstolos e é nelas que os próprios apóstolos indicam que devemos buscar a doutrina.
2Pe 3:15-16 "E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; Falando disto, como em TODAS AS SUAS EPÍSTOLAS, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, eIGUALMENTE AS OUTRAS ESCRITURAS, para sua própria perdição.
Pedro iguala os escritos de Paulo às "outras escrituras", ou seja, ao Antigo Testamento e às outras epístolas dos apóstolos que andaram com Jesus (e cujas epístolas foram pré-autenticadas por Jesus, como explicarei adiante).
Col_4:16 E, quando esta epístola tiver sido lida entre vós, fazei que também o seja na igreja dos laodicenses, e a que veio de Laodicéia lede-a vós também.
Confiar na tradição, como faz o catolicismo, nos deixaria à mercê de interpretações para justificá-las ou não à luz das epístolas. Para resolver tal dilema o catolicismo simplesmente determinou que em caso de discrepância entre as Escrituras e a tradição fica valendo a tradição. E deu no que deu...
Acima de tudo devemos ter em mente que é o próprio Deus quem tem interesse em preservar a doutrina que os apóstolos receberam do Espírito Santo, e isto Deus faz inclusive impedindo que tenhamos acesso a algumas epístolas que os apóstolos escreveram, mas cujo teor o Espírito Santo achou por bem não chegar até nós. Não temos hoje, por exemplo, a epístola a Laodicéia da qual o apóstolo Paulo fala no versículo acima. E também não temos a epístola de Paulo aos Coríntios escrita antes da que chamamos de "Primeira aos Coríntios", a qual ele menciona em 1 Co 5:9.
Mas não é apenas no testemunho dos apóstolos que podemos nos basear para entender a inspiração divina que têm os seus escritos. Jesus pré-autenticou, por assim dizer, os ensinos que seriam dados através dos apóstolos depois de sua partida:
Joã 14:26 Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará [aos apóstolos] todas as coisas, e vos fará lembrar [aos apóstolos] de tudo quanto vos tenho dito.
Joã 16:13 Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará [aos apóstolos] em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá [aos apóstolos] tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará [aos apóstolos] o que há de vir.
O Espírito Santo iria, não apenas LEMBRAR os apóstolos das palavras de Jesus, mas iria ENSINAR a eles todas as coisas e GUIÁ-LOS em toda a verdade, como canais vindos diretamente dos céus, revelando o ensino para o presente e para o porvir. Estas são "as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem", ou seja, não são tradições, costumes ou fábulas humanas, mas a expressa Palavra de Deus vinda dos céus.
2Pe_1:16 Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade.
Tudo isso o Senhor prometeu que revelaria pelo Espírito aos apóstolos, portanto não cremos "na memória histórica" dos apóstolos ou na "tradição dos pais", como chamam os católicos, mas na revelação da Palavra de Deus pelo Espírito Santo.
O argumento muito usado pelos católicos de que foi a igreja católica que decidiu o que faria ou não parte do cânon do Novo Testamento é ridículo.
Primeiro, porque não existia "igreja católica" na época. Naquela época só existia a igreja. Chamá-la de "igreja católica", como se faz hoje para distinguir aquela que é comandada de Roma das milhares de denominações cristãs, faria tanto sentido quanto chamar a guerra de 1914-1918 de "Primeira Guerra Mundial". Este título só foi usado após ocorrer outra guerra mundial (nos livros e jornais anteriores aos anos 40 ela é chamada simplesmente de Grande Guerra).
Segundo, porque a formação do cânon pelos cristãos dos primeiros séculos foi simplesmente atestar de uma maneira formal quais eram os textos que nos séculos anteriores circulavam pelas assembleias locais e eram reconhecidos como a Palavra de Deus. E por que os cristãos da época fizeram isso? Justamente para evitar que lendas e tradições fossem tomadas como sendo a Palavra de Deus, o que já estava acontecendo por alguns hereges. Portanto, as epístolas são a Palavra de Deus revelada aos apóstolos. A tradição é a interpretação que homens deram a essas epístolas à luz da época em que viveram. Devemos receber a primeira como a Palavra de Deus e refutar a segunda como tendo igual status.
Paulo explica como se cumpriu a promessa que o Senhor deu de que o Espírito revelaria a Palavra de Deus aos apóstolos em uma passagem que às vezes lemos sem identificar que Paulo está falando ali dos apóstolos, e não dos crentes em geral. Esta passagem deve ser lida como a concretização da promessa que o Senhor fez AOS APÓSTOLOS, os quais, pelo Espírito, seriam lembrados de todas as coisas que o Senhor lhes tinha dito, e vou inserir meus comentários para deixá-la mais clara:
1Co 2:9-11 Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou [a nós, os apóstolos] pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.
Em outra passagem Paulo autentica seus próprios escritos explicando que não são ensinos de homens, ou seja, não são tradições humanas. Mais uma vez entendemos o papel que tiveram os apóstolos como canais exclusivos da revelação de Deus vinda dos céus.
Gál 1:11-12 Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.
Os cristãos daquela época recebiam seus escritos como a Palavra de Deus, e não como sabedoria humana ou meras tradições.
1Ts 2:13 Por isso também damos, sem cessar, graças a Deus, pois, havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade), como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que crestes.
1Co 14:37 Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor.
Tudo isso não apenas nos autoriza a encarar o Novo Testamento como a Palavra de Deus revelada aos apóstolos, como deixa claro o erro dos teólogos moderninhos que insistem em refutar os escritos de Paulo como se fossem meras opiniões de um solteirão machista. Para esses fica valendo a descrição que Pedro lhes dá em sua segunda epístola 3:16:
"indoutos e inconstantes" (ARF), ou como está em outras versões, "espíritos ignorantes ou pouco fortalecidos" (Ave Maria), "homens sem instrução e vacilantes" (CNBB), "ignorantes e instáveis" (NVI). Quem quer que negue a autenticidade das epístolas de Paulo como a Palavra de Deus pode adotar para si qualquer um desses adjetivos.
domingo, 8 de julho de 2012
A ORDEM DE DEUS
A Ordem de Deus
Para Cristãos Congregarem para Adoração e Ministério
A Resposta Bíblica Para a Ordem Eclesiástica Tradicional
A Ordem de Deus
Para Cristãos Congregarem para Adoração e Ministério
A Resposta Bíblica Para a Ordem Eclesiástica Tradicional
A Resposta Bíblica Para a Ordem Eclesiástica Tradicional
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Sumario
APRESENTAÇÃO
PREFÁCIO
PREFÁCIO
- Um desafio ao fundamento bíblico do cristianismo denominacional
- "Podemos fazer qualquer coisa que não tenha sido definida nas Escrituras"
- Precisamos desaprender algumas coisas
- As "segundas" epístolas
- O testemunho de Paulo
- O testemunho de Mateus
- O testemunho de Pedro
- O testemunho de João
- O testemunho de Judas
- O testemunho do Senhor
- O contraste entre o "um só corpo" e as muitas seitas
- Terminologia convencional versus terminologia bíblica
- Estado de espírito - O pré-requisito necessário para se aprender a verdade
- Passar um tempo na presença do Senhor em comunhão com Ele
- Ter o desejo de fazer (praticar) a vontade de Deus
- Ter o exercício espiritual de aplicá-la a si mesmo a fim de aprender a Verdade
- Ter inteireza de coração para reconhecer a Verdade quando esta é apresentada
- Por que nos separarmos?
- Os Três Tipos de Mal Existentes na Cristandade
- O remanescente de judeus que partiu da Babilônia
- Sete desculpas para não se separar dos sistemas denominacionais
- "Não devemos julgar outros cristãos!"
- "Separar-se não é demonstrar amor!"
- "Nossa igreja esta crescendo!"
- "Deus esta usando as denominações!"
- "Posso ser muito útil permanecendo onde estou em minha denominação!"
- "Não devemos deixar a nossa congregação!"
- "Separar-se de outros cristãos destrói a unidade do Espírito
- O padrão da igreja apostólica
- A igreja não aparece no Antigo Testamento
- Para o cristão o Antigo Testamento é um livro de tipos e figuras
- O judaísmo não é um padrão para a adoração cristã
- Igrejas de pedras e tijolos - ajudam ou atrapalham o evangelho?
- O cristianismo é tipicamente celestial
- O Verdadeiro Cristianismo está "Fora do Arraial"
- A Adoração Cristã é em "Espírito e Verdade"
- Sacrifícios Espirituais ou um 'Ministério de Música'?
- Vinho novo em recipientes novos
- Os cristãos devem se reunir em nome do Senhor Jesus para adoração e ministério e aguardar a direção do Espírito
- A prática bíblica para cristãos congregados para adoração e ministério
- Consequências práticas de se abandonar as "quatro âncoras"
- Três ou quatro coisas tangíveis no cristianismo
- O sacerdócio de todos os crentes
- A diferença entre sacerdócio e dom
- A diferença entre habilidade e dom
- O que é ministério?
- O ministério na igreja
- A assembleia local necessita de todos os dons em seu meio
- O Espírito de Deus deveria usar para falar quem Ele quisesse
- Os dons devem ser regidos pelo amor e pelo discernimento
- A assembleia deve guardar a sã doutrina
- "Quer dizer que vocês não acreditam que devemos ter um pastor?"
- Títulos lisonjeiros
- A eleição de um "Pastor"
- O Senhor da seara dirige os dons
- Não é correto contratarmos um servo de Deus
- Como os servos do Senhor devem ser mantidos financeiramente?
- Organizações para-eclesiásticas -- Auxilio ou empecilho ao evangelho?
- Resumo dos principais erros do sistema clerical
- O que pensam disso os "Pastores" e "Ministros"?
- Anciãos, Presbíteros [Bispos] e Guias
- Diáconos
- A escolha dos anciãos
- Hoje não existem apóstolos para ordenar anciãos e diáconos
- Três qualificações para o apostolado
- Existem anciãos hoje?
- Hoje não ha' mais ordenação
- "Mas na Bíblia as pessoas eram ordenadas!"
- A imposição de mãos
- Coleta ou dízimo?
- Disciplina na Igreja
- Recepção - Uma responsabilidade da assembleia local
- Quem decide quem deveria estar em comunhão?
- Seria suficiente o testemunho pessoal?
- Colocando a profissão de fé da pessoa à prova
- Exclusivo demais!
- A responsabilidade individual
- Cartas de recomendação
- O ministério das irmãs
- Três razoes pelas quais as irmãs ocupam um lugar de subordinação no cristianismo
- "Mas a Bíblia diz que as mulheres devem orar e profetizar!"
- "Mas não devemos fazer distinção entre homem e mulher na igreja!"
- "Mas aquelas coisas se aplicavam apenas a Corinto!"
- "Mas não queremos afugentar as pessoas do cristianismo!"
- "Isso é coisa do velho Paulo!"
- Cobertura para a cabeça
- "Cobrir a cabeça era um costume cultural antigo que não deve ser considerado hoje"
- "Mas o cabelo da mulher é o seu véu!"
- "Levando o Seu vitupério"
- "Deveríamos iniciar uma comunhão crista em conformidade com estes princípios bíblicos?"
- O terreno do "um só Corpo"
- Cabe a cada crente hoje buscar a comunhão do testemunho existente da verdade do "um só Corpo"
- Outra seita?
- "Vocês acham que são os únicos que estão certos!"
- Um apelo
Traduzido de "God's Order" - Bruce Anstey - 4th Edition
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