terça-feira, 15 de novembro de 2011

Disse Jesus: Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o lavrador. João 15:1

Parte 2
O Reino Dos Céus

O termo “o reino dos céus” é usado só em Mateus, pois aqui a verdade é direcionada à consciência dos judeus. Em essência é o governo dos céus reconhecido aqui na terra. Os judeus estavam familiarizados com este pensamento através das escrituras do Velho Testamento. Por exemplo, foi profetizado a Nabucodonosor que seu poder iria continuar após ele ter conhecimento de que “o céu reina” (Daniel 4.26). O Senhor ensinou seus discípulos a orar para que a vontade de Deus fosse feita “assim na terra como no céu” (Mateus 6.10). Assim, quando João Batista veio para apresentar o Messias, anunciou que “é chegado o reino dos céus” (Mateus 3.2). Assim também Jesus fez a mesma afirmação (Mateus 4.17) e mais tarde os doze apóstolos (Mateus 10.7). Entretanto, o rei legítimo foi rejeitado e conseqüentemente o reino dos céus assume uma forma misteriosa – a de um reino cujo rei está ausente. O Senhor se torna um semeador e o reino dos céus toma um novo caráter que os profetas não mencionaram – uma esfera dominada pelo mal e com uma colheita misturada. Alguns são verdadeiros, enquanto outros aceitam a autoridade de Cristo só nominalmente, como professantes.

João Batista não estava no reino dos céus, pois a porta não estava amplamente aberta até que Pedro a abrisse no dia de Pentecoste. Assim “se faz violência ao reino dos céus” (Mateus 11.12) – ou seja, aqueles que realmente desejam é que alcançam o objetivo que têm buscado desde os dias de João Batista. Quanto às formas interna e externa, algumas semelhanças são aplicadas a ambos os reinos dos céus e de Deus – o grão de mostarda se tornando uma grande árvore e uma medida de farinha se tornando levedada.

Externamente, então, o reino dos céus é como um campo de joio, uma árvore e o fermento – uma mistura do povo de Deus com aqueles que são de Satanás. É a esfera de profissão cristã na terra – um sistema amplamente espalhado, externamente poderoso, mas internamente corrupto. Mas para a fé há uma forma íntima ou divina e isto é visto no “tesouro” e na “pérola” (Mateus 13.44-46). Estes dois são o reino dos céus do ponto de vista de Deus. Assim o reino dos céus é propriamente o governo dos céus sobre a terra. Foi recusado pelo homem e assim existe hoje de um modo misterioso. Naquele tempo será conhecido em parte como o reino do Pai e em parte como o reino do Filho do Homem.
Veja também a parte 3

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