terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O Sistema denominacional da religião




Don Corleone é o chefe de uma mafiosa família italiana de Nova York. Ele costuma apadrinhar várias pessoas, realizando importantes favores para elas, em troca de favores futuros.

A que ponto chegamos? Esta sinopse descreve os bastidores de inúmeras denominações cujo o mais importante é manter o status quo e para tal, lança-se mão de todo tipo de artíficio. Certamente, alguém já sofreu com isto ou, ao menos, já ouviu falar de determinadas manobras para se manter a ordem das coisas. De repente, fica difícil separar o que é romano do que é protestante, palavra esta abolida do nosso vocabulário por lembrar rebeldia. Xiiiiiiiiii... é proibido pensar! Creia nos seus profetas e prosperarás! Ai daqueles que se levantam contra o ungido do Senhor!!!!!

O problema é que passagens bíblicas são utilizadas irresponsavelmente para respaldar visões carnais, opiniões pessoais e criar imunidade. Se a direção é do Senhor, ninguém precisa ser ameaçado ou coagido a seguí-la. As ovelhas conhecem a voz do seu Pastor e qualquer tipo de inquietação torna-se tolice. Por outro lado, uma gama de homens que tem o microfone na mão fazem dos púlpitos a varanda de seus palácios para abater, levantar, comandar e triunfar! Ave César! No melhor estilo gangsta, ações para se manter no poder são chamadas de alianças ou sementes. Em nome de deus, eles tratam de se cercar daqueles que jamais se levantarão contra eles. Nascem os pastores-sem-ovelha! Corleone segue a velha máxima: faça as pessoas lhe deverem favores! Por isso sempre te pareceu estranho aquele fulaninho pregar... aquela outra irmã cantar... aquele, aquele mesmo do dízimo alto... estar como dirigente ou seja lá o nome que for... o outro ser secretário... e o abafa nos escandâlos? Tratamento dá trabalho, transfere o casal.

Poderoso-chefão denominacional decide sobre tudo, faz questão de centralizar as decisões. Em nome de deus, procura ampliar os negócios chamando isto de alargar as estacas da tenda. Contrata músicos para o louvor em nome da excelência, batiza os novos convertidos em busca de números e abre igrejas para aumentar a arrecadação. Corleone se assegura de que no meio do povo haverá seus representantes fiéis, cuja lealdade fora comprada em troca de um título. Quem me dera isto ser apenas um filme...



Triste não é existirem Corleones por aí, mas sim, seguidores... pessoas que... que em troca de status, poder, ou sei lá o que... tornam-se mórbidas... são capachos que chamam sua omissão de obediência, sua conivência de submissão às autoridades espirituais. Ora, mas será possível? Será que um culto deles não lhe é suficiente para ouvir toda sorte de contrariedades bíblicas? Deus não mudou. Jogar o rebanho contra outro rebanho ainda é pecado. Jogar o rebanho contra qualquer outra pessoa ainda é pecado. Não me venha com essa cara de empada amassada dizer que é melhor obedecer do que sacrificar... arrependa-se e matricule-se num curso de Teologia para aprender sobre a Palavra de Deus! O que houve com você? Como diz a letra de uma canção: até bem pouco tempo atrás, poderíamos mudar o mundo / Quem roubou nossa coragem? Lembra de quando você se converteu e só queria ganhar almas e fazia tudo por amor a Deus? O que fizeram com você ou melhor o que você fez a si mesmo?

Vida miserável, servir a homens. Vida miserável, fingir que não está vendo as ovelhas anêmicas serem sugadas por ilusionismo espiritual e sentimentalismo barato. Um título? Um cargo? Um salário? O que te prende? Que papelão, hein... é isto que você quer para o seu filho um dia? Marionete gospel? Ainda há tempo de você ser você mesmo, ou melhor, ser uma nova criatura... voltar à época que se quebrantava naqueles congressos de adoração, lembra-se? Não, não, não foi para lhe dar um cargo que o sangue de Jesus verteu na cruz do Calvário. Se você vem sentindo que o julgo está desigual, arrependa-se e siga o conselho do apóstolo Paulo:

Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que andar desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebeu. 2Ts 3.6

Porque, caso contrário, você não será tomado como inocente naquele grande e terrível dia. Conivência é pecado. Ser participante do pecado alheio também.

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